terça-feira, 31 de agosto de 2010

Foi você que pediu um post sobre gastronomia?

chocolate

Não é que qualifique exactamente como gastronomia, mas acho que todos podemos benevolamente incluir a iguaria na categoria de alimentos. Vá, não que seja um alimento absolutamente essencial (quem disse, quem?), mas que a vida com chocolate é melhor, lá isso é.

Num dos passeios ao Casco Antiguo vi um café que tinha cá fora um dístico a anunciar "organic chocolate". Não hesitei: jamais hesito quando a causa é boa.

E foi assim que descobri este chocolate de agricultura biológica, nacional, mais concretamente de Bocas del Toro. Curiosamente, comprei duas barras e, acredite-se ou não, ainda não as terminei. E não é por falta de gula. É que o chocolate é tão bom e tão potente que, com apenas um bocadinho, fico satisfeita.

O problema é que provar este chocolate é um caminho só de ida: quem o prova não volta atrás. De agora em diante, a coisa fica difícil para as multinacionais chocolateiras...

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Para começar bem a semana...

August issue is out!

...e adoçar um pouco o regresso ao trabalho, já está online a última edição da zine "We´re in Panama!". Está aqui, é só clicar, descarregar, imprimir e dobrar. E ler e comentar!

Espero que gostem!

As edições anteriores estão aqui: Julho e Junho.

domingo, 22 de agosto de 2010

Mercado de Abasto

mercado

A Cidade do Panamá não é conhecida por ser um destino pululante de eventos e distracções, por isso, cada fim-de-semana escolhemos uma coisa nova para ir visitar. Com três meses cá, já fomos a muitos sítios que os próprios panameños não conhecem - isto dito por uma local, entenda-se.

Uma das excursões de fim-de-semana, já repetida, foi ao Mercado de Abasto. A primeira dificuldade é encontrá-lo, porque não se trata de um mercado como nós estamos habituados. A entrada é escondida e confunde-se com a entrada para um parque de estacionamento. Dentro do recinto, há um pavilhão para as vendas a grosso e, cá fora, dezenas de pequenas lojinhas fazem a distribuição a retalho.

É toda uma experiência antropológica a preço de feira: o ananás custa 75 cêntimos, o molho de couves 5. Deve ser dos poucos sítios onde uma pessoa pode ser consumidoramente feliz com notas de um dólar.

Na primeira visita aproveitámos também para perguntar os nomes das coisas, já que apesar de a nossa mudança ter sido dentro do universo hispanófono, a maioria dos nomes de fruta, verdura e roupas muda. De maneira que conhecemos o chaiote - o "nosso" xuxu, creio - e o culantro - de cheiro e sabor muito parecidos ao nosso coentro, mas com folha longa, estreita e com piquinhos. A maior estreia do dia foi o sapote, uma fruta que fechada parece um pião, aberta parece um presente, e na boca é fibrosamente deliciosa. Sabem a fibra da manga? Aquela que fica teimosamente agarrada em tudo o que é dente, desde o incisivo até ao siso, lá atrás onde ninguém chega? Pois a do sapote não tem nada a ver. Entra, sai, desce e já está, segue caminho despachado esófago abaixo. A única coisa é o tamanho do caroço: quase do tamanho do da banana, com a (mínima) diferença de que não é comestível.

Resumindo: com uns míseros 5 dólares fazemos a festa, compramos fruta e verdura para toda uma semana e quiçá algo mais. Tirando a trabalheira de explicar que não precisamos do saquito de plástico, é todo um êxito.

A paragem seguinte é o Mercado de Mariscos, mas isso fica para outro dia.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Chuving e inunding

chuving e inunding

Quando chove muito, a rua inunda-se. Rapidamente percebemos porque é que toda a gente recomenda comprar um carro alto, mesmo para andar na cidade.

E o que fazem os transeuntes? Pois fazemos isto: andamos de chapéu-de-chuva apontado ora para a água que cai do céu, ora para a água que vem de baixo, espirrada pelos carros que teimam em rodar rápido. Ali, pé ante pé sobre a corda bamba que é o separador central, parecemos dançar uma coreografia de cabaré mal ensaiada.

Os meus pés escorregam dentro das sandálias e as minhas gargalhadas não me ajudam a manter o equilíbrio. E ouço:

Dale, mamita, si se cae la agarro!

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Enquanto a poeira não assenta (e espero pelo sofá)...

...andamos nisto:

Trata-se de um novo modelito para o abbrigate*, inspirado nos deliciosos lenços dos namorados. O tecido, de algodão, é estampado com um dos motivos tradicionais dos indios Kuna do Panama. E a frase, essa, é bem portuguesa.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Enquanto ando em mudanças...

Sinalética no Panamá

...tenho muitos episódios caricatos para contar mas pouca disponibilidade para o fazer. Por isso, deixo aqui um exemplo da sinalética no Panamá, mais precisamente sobre o Cerro Ancón, a colina que coroa a cidade.

A designer maila ilustradora que vivem dentro de mim estremeceram de alegria ao ver estas colunas e não descansaram enquanto não as registaram fotograficamente. Aqui está, divirtam-se.