sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Calendário do Advento, dia 17

Orange spongecake with chocolate

2010 foi um ano de muitas mudanças, nomeadamente a de casa, país e cultura. Foi um ano muito difícil e trabalhoso, e - apesar das muitas viagens - praticamente sem férias.

Já tenho as malas feitas, os presentes (feitos à mão!) terminados, os trabalhos fechados, tudo despachadinho para ir, tranquilamente e sem sequer levar o tricot, de férias.

O bolo da foto já foi, claro está, mas parece-me ser uma boa fotografia para ilustrar este post em que me despeço até para o ano e desejo a todos um óptimo Natal e um 2011 muito bom.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Calendário do Advento, dia 11





Estamos todos de acordo em relação à qualidade das fotografias: não são as coisas mailindas que já vimos à face da Terra. E quanto à decoração natalícia da cidade? Será que estamos de acordo?

Assim se faz o Natal no Panamá.

(E, em memória do jornalista Carlos Pinto Coelho, vamos todos cantar aquela melodia do final do "Acontece".)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Calendário do Advento, dia 7


Apesar de estes floquinhos nada terem que ver com a situação que vivo neste momento - a muita precipitação, lá fora, é mesmo em estado líquido - o número de Dezembro da zine tem uns quantos lá postos. Enquanto não está pronta, aqui fica a amostra.

Hoje finalmente comecei a sentir o espírito natalício (confesso que o calor não ajuda): ouvi uma canção de Natal e a história por detrás da sua criação, olhei para os floquinhos, pensei em chocolate quente, tricot e sobrinhas para aquecer o coração e fiquei contente por saber que em breve estarei em Lisboa.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Calendário do Advento, dia 4, ou "tradições natalícias de outras partes")

No Sábado passado fomos convidados para ir rebentar a tradicional piñata navideña. Não tirei fotografias, mas aqui poderão ver o respectivo aspecto.

Assim, sem saber ler nem escrever, partimos nós para a festa da piñata, na total ignorância sobre o que esperar - e mesmo sobre o que levar.

Chegámos a um dos muitos condomínios fechados de Costa del Este - que praticamente parecia uma aldeia do Natal, já que as casas todas iguais tinham quase todas renas, trenós e senhore de vermelho insufláveis por todos os lados. Ali, sim, já se vive o Natal, como que ignorando pacificamente o calor que o Pai Natal deve estar a passar com aquele traje vermelho tão abrigado.

Quando chegámos a casa do nosso anfitrião deparámo-nos com uma imensa festa, com gente muito aperaltada, DJ e grandes colunas e, no meio, a famosa piñata.

O significado da dita é muito interessante e curioso: tem sete picos, que representam os sete pecados mortais (alguém os sabe enumerar?). Uma pessoa de olhos vendados (símbolo de fé) usa um pau - a ferramenta de Deus para combater os pecados - para rebentar a piñata. Quando isso acontece, de dentro saem os frutos da erradicação dos pecados. Neste caso, saíram pequenos brinquedos (bolas, apitos e ioiôs) e muitos doces (chocolates e pastilhas elásticas). Diria mesmo que estes frutos originam o pecado da gula!

Mas a gula-gula, que é como quem diz a "gula-guleira", veio mesmo com o jantar, que estava perfeitamente delicioso. Os anfitriões, mexicanos, convidaram-nos a todos para um convívio de tacos, com as famosas tortilhas de milho e diversos recheios para as acompanhar. O mole (febras de frango em molho de chocolate) estava de lamber as pontas dos dedos e chorar por mais e o puré de feijão era pura poesia. A guacamole estava também deliciosa - e como não gostar de uma boa guacamole, ainda por cima feita por quem a sabe mesmo fazer.

A sobremesa fez-me lembrar Portugal: uma magnífico arroz doce tal qual o da minha mãe, assim humidinho e com os grãozinhos de arroz agulha bem al dente. Delícia total.

Depois de todas estas tentações - e todos sabemos que a comida mexicana não é conhecida por ser levezinha e dietética - só mesmo um passinho de dança para fazer descer a refeição.

Os nossos anfitriões também são ávidos coleccionadores de presépios, todos expostos: o mexicano, uma árvore da vida, foi o meu favorito. E sabem que o menino Jesus, nestes presépios centro-americanos, não está agarrado à manjedoura? A explicação é simples: ele só é lá colocado na noite de Natal, deitado sobre uma caminha de algodão feita com as boas acções das crianças da casa. Não sei se ainda é assim nos presépios tradicionais portugueses, mas desconhecia este costume.

Apesar do calor que se faz sentir, sinto muito mais a presença do Natal aqui no Panamá que na Argentina. Curioso, não é?

(E, para quem celebra, feliz Hanukkah!)

Calendário do Advento, dia 2

Não sendo propriamente a imagem mais natalícia que já vimos em todas as nossas vidas, foi este o panorama do passado dia 2 de Dezembro. Agora falta esclarecer que este panorama não é excepcional: isto acontece muito frequentemente. Num país tropical, onde chove tanto, não entendo como é que aos três pingos caídos se inundam assim algumas partes da cidade.

Como diria alguém que sabe muito mais que eu: é a vida, menina, o que é que se há-de fazer?

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Calendário do Advento, dia 1

Estrela

Porque já estamos em Dezembro e o Natal se aproxima, uma estrelinha - fotografada durante o passeio pelas rochas na Ilha Iguana, Pedasí - para alegrar os nossos dias.

(Dezembro, já?!)

Coisas que eu cá sei

Hoje descobri bolor debaixo da cama, nas ripas do estrado e na parte de baixo do colchão.

Veredicto? Que nojo. Nojo, nojo, nojo.

Aqui no Panamá travamos uma corrida contra a humidade. Já perdi, nesta corrida, uma camisa. Botas e sapatos de Inverno foram limpos e apanharam sol, e no Natal vão direitinhos para Portugal, sem passar pela casa da partida nem receber dois contos.

O problema é o colchão, que é um portento de peso e de conforto e que é uma pena se se estraga. De momento, apanha sol na varanda. Vejamos se resulta.

Com 95% de humidade relativa todos os dias, o panorama é este.