sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mesmo a tempo do fim-de-semana...

January issue of "We´re in Panama!" now out

...um novo número da zine. Podem econtrá-la aqui.

Nós, por cá, vamos continuar as nossas aventuras panamenhas, este fim-de-semana será na praia, em Buenaventura, com um grupo de amigos. Até segunda e bom fim-de-semana!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Um outro assunto

Tenho ouvido e lido, a propósito da história sórdida que rodeia a morte do jornalista Carlos Castro, que, enfim, ele se pôs a jeito.

E fico arrepiada. O que é pôr-se a jeito? O que é que ele fez, ou foi, que fez com que se tivesse posto a jeito? Ser homossexual? Ser efeminado? Escrever na imprensa cor-de-rosa? Apaixonar-se por uma pessoa muitos anos mais nova? Nada disto é pôr-se a jeito para ser vítima de um brutal assassínio seguido de mutilação. Nada. E ninguém merece tal fim, ninguém, simpatias ou antipatias à parte.

Isto faz-me lembrar aquela opinião - que infelizmente é muito mais comum do que pensamos - de que a culpa de ter sido violada é da vítima, porque se insinuou, ou seja, pôs-se a jeito.

Dá-me vontade de mandar as pessoas que pensam assim a uma certa parte.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Domingo de praia

Playa Bonita, Panamá

Este fim-de-semana que passou foi a estreia oficial do Hostal Aqualina, que é como quem diz: recebemos as primeiras visitas cá em casa. Por isso, no Domingo encaminhámo-nos para a costa atlântica do Panamá - também conhecida como "Caraíbas", não sei se estão a ver - e fomos, de armas e bagagens, nadar na sopinha e torrar um pouco ao sol.

Uma ida à praia, aqui nestas paragens, é todo um evento logístico. Chegando lá, não há nada: nem restaurante, nem duches, nem casa de banho. Nem sequer acessos! Por isso os preparativos incluem ingredientes para o piquenique e muitos, muitos líquidos, tudo enfiado numa geleira daquelas da nossa infância. E lá vamos nós.


floating heart


Vamos de carro pela auto-estrada de Colón e saímos na direcção de Portobelo, direcção essa que seguimos depois por estradinhas nacionais enlameadas pelas recentes enxurradas. Portobelo tem uma linda fortaleza espanhola, património mundial, mas que infelizmente sofreu também um deslizamento de terra que a soterrou parcialmente.

Deixamos lá o carro e apanhamos uma lancha que nos leva até à praia. A viagem demora uns 20 minutos, talvez 30, mas é tão bonita que o tempo passa a voar.

leaves

Na praia não há muito areal - a actividade acontece mesmo é dentro de água, uma piscina de água transparente e na temperatura certa. O sol, apesar de forte, é coado pelas copas das árvores. O grande senão, no meio de tudo, é a lixeira que há na praia. Contámos uns quantos pares de sapatos, já para não falar em garrafas de plástico e até uma enorme faca! Numa praia tão linda como esta, é uma pena termos de andar a escolher onde pôr o pé (e a toalha), sob o risco de nos magoarmos a sério.

Playa Bonita, Panamá

No regresso apanhámos um bocado de trânsito, entre controles de alcoolemia e buracos no asfalto, mas chegámos lindos, cansados e bronzeados de um dia de praia caribenha.

(Mais fotos aqui.)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

É já amanhã!



...a mesa redonda subordinada o tema "O lugar do bairro", cujo cartaz foi feito por mim.

As informações estão todas aqui e as fotos acima foram tiradas pela minha irmã Guida, na universidade dela.

Apareçam!

Desapartado

apartados desapartados

E pronto. Seis meses depois de o ter pedido, finalmente tenho um apartado na estação de correios mais próxima. Esta é a versão resumida da história; vamos à longa?

Quando cheguei ao Panamá e descobri a idiossincrasia local da não existência de números de portas, nem de distribuição de correio ao domicílio, percebi que ia ter de arranjar uma forma de receber correspondência, seja o ocasional postal dos amigos, seja a comprinha feita na internet.

Como as empresas privadas são muito hábeis em aproveitar as lacunas do serviço público, há mais que uma empresa a disponibilizar moradas postais nos Estados Unidos, por exemplo, para onde a correspondência é enviada e depois transferida para o Panamá. Por uma mensalidade um pouco além do módica.

Os correios nacionais, por seu lado, oferecem o serviço (também pago) de apartados de correios. Sabendo isso, fui lá assim que cheguei. Inscreveram-me numa lista de espera porque estavam, naquele momento, a "mudar as fechaduras". E que para Agosto já devia estar o serviço concluído. Esteve em Agosto? Claro que não, nem em Setembro, nem em Outubro, nem em Novembro. Em Dezembro fui lá, mais por curiosidade que por esperança, e disseram-me que se o alugasse em Dezembro teria de pagar o ano inteiro de 2010 e, em Janeiro, pagar o ano inteiro de 2011. Assim sendo, e porque quem está seis meses à espera de um apartado também espera sete, lá fui eu assim que voltei ao Panamá. À terceira visita (em Janeiro), consegui.

Quando entrei, estavam duas pessoas à minha frente para serem atendidas. Quando saí, uns cinquenta minutos mais tarde, estavam sete pessoas atrás de mim. Tinha dois assuntos para despachar: o apartado e um envio. Esperei e esperei e, finalmente, chegou a minha vez. Entreguei os papéis do apartado preenchidos e disse que também tinha um pacote para enviar. Que não senhora, que tinha de voltar à fila, que ele só despachava um dos assuntos. Finquei o pé: voltar ao fim da fila não fazia sentido nenhum e que ele tinha de me atender.

O processo aqui é totalmente manual: por cada envio superior a 100g é preciso mostrar identificação pessoal (e bilhete de identidade local não é suficiente); o operador passa uma factura manual, onde copia tanto a minha morada (aquela aonde não chega correio) como a do destinatário (aquela aonde o correio chega um mês depois, com sorte). Dá-me cinco selos para lamber e colar no envelope e pede-mo de volta, para o carimbar. Devolve-mo e manda-me pô-lo numa fresta numa parede, que serve como marco do correio. Resumindo: um processo deveras ágil.

Caí no erro de perguntar quanto tempo demoraria a carta a chegar. A resposta? Um arrazoado mal disposto da chefe de estação. Tenho para mim que nem eles acreditam se vai chegar, quando mais quando!

Enfim, todo um processo deveras complicado, esse de cobrar um apartado e de processar um envio. Mas finalmente consegui.

Posto isto, estações de correios limpas e arranjadas, informatizadas, com sistema de senhas, algumas cadeiras, várias opções de serviços, desde envelopes pré-franquiados e entregas no dia útil seguinte? Parece-me praticamente utópico. Mas diz que existe em Portugal.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Tarte de laranja

Home is homier when I bake

Já o disse noutras ocasiões e repito-o agora: esta casa é mais casa quando faço bolos. E é por essa mesmíssima razão que criei uma nova tradição: sexta-feira à tarde (ou durante o fim-de-semana) é dia de fazer um bolo.

Tenho andado a gostar muito de seguir as receitas da Julia Child; desde que vi o filme Julie & Julia - numa cena, que não me sai da memória, o marido da Julie agarra-se de mão aberta a um bolo de chocolate que ela fez - que fiquei com vontade de ler e de experimentar.

Quem me conhece sabe que não sou menina para me pôr a cozinhar carnes, nem pensar em desossar um pato!, por isso mesmo me tenho dedicado às sobremesas: não se gastam numa só refeição e adoçam a boca durante o fim-de-semana.

Esta semana experimentei fazer a tarte de laranjas. No original, era uma tarte de limão ou de lima. Mas tinha laranjas em casa - que ainda por cima não são particularmente doces - e, por isso, adaptação com ela. Fiz a massa quebrada à mão, com a preciosa ajuda da Kitchenaid, cozinhei o recheio, forno e... hmmm!

Como de costume, substituí a manteiga (por óleo vegetal) e reduzi o teor de gordura da receita, coisa que voltarei a fazer no futuro. E fiquei encantada com a massa quebrada feita à mão: não custa assim tanto e a diferença é abissal.

Queiram desculpar-me o fim súbito deste post, mas tenho de ir ali à cozinha...

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Viva 2011!

Nazaré, vista do Sítio

A Nazaré, vista do Sítio

Um ano novinho em folha (bem, à data já com 14 dias) para encher de amigos, projectos, novas aprendizagens, experiências, lugares. Uma agenda nova, branquinha, para preencher com coisas boas e más, porque é disso que se fazem os dias. Aniversários, dias importantes, estreias, inaugurações e reuniões, viagens e sumos de ananás com amigos.

(Para encerrar o ano de feição, fui conhecer a Nazaré, vista do Sítio da dita, de onde tirei as fotografias acima. Sempre que penso em Portugal, penso em mar, praias a perder de vista, o sal e as ondas. Algo como as fotografias mostram, portanto.)

Bom ano!