terça-feira, 22 de janeiro de 2008

De volta a Buenos Aires

De volta ao Verão e de volta a uma casa desarrumada, apesar dos esforços do Paulinho. A deserção da Marta (foi comprar cigarros e nunca mais voltou, que é como quem diz: foi a Tucumán ver a mãe e não mais soubemos dela) deixou-nos a casa de pantanas. Hoje o meu dia foi passado de volta de algumas das funções dela, para só agora, às 16h, me sentar ao computador a começar a organizar a vida de trabalho. Com um post, claro está.

Os quinze dias que passei em Lisboa sem o Paulinho foram vividos numa autêntica roda-viva, excepção feita ao fim-de-semana passado no Algarve com os pais. Corri alegremente entre reuniões, almoços com amigos, consultas em médicos e, o mais possível, namoro de tia e sobrinha e muitos mimos da família.

Digamos que condensei em apenas 15 dias os encontros com amigos (vida social) e reuniões com clientes (parte da vida profissional) correspondentes a alguns meses. Não é de admirar que agora necessite de um pouco desta calmaria que caracteriza os meus dias por cá, sobretudo agora que são as férias grandes e porteño que é porteño foi para outras paragens.

Quanto à viagem, enfim, não há forma fácil de a fazer. É uma chatice, uma enorme, longa, aborrecida viagem com uns horários cada vez mais bizarros ditados pela Iberia. Não tem o monopólio da rota, mas trata os clientes como se assim fosse. Os bilhetes são caros, o atendimento é mau e os problemas com a marcação dos lugares são infinitos. Desta feita, em Madrid, estivemos cerca de uma hora entre o embarque e levantar voo num jogo absurdo de cadeiras: não havia uma única família sentada em perto uns dos outros; os casais estavam todos separados; filhos pequeninos a mais de dez filas dos pais, que tinham mais uns quantos passageiros entre eles. Sentei-me em três lugares diferentes e a brincadeira poderia ter continuado, dado que a minha companheira de viagem também tinha a mãe noutro assento qualquer distante.

Enfim, chegada à Argentina tudo correu bem: algumas lutas com uns passageiros mais apressados na fila da imigração, muita actividade do cotovelo para enxotar os infiltras e, finalmente, a oficial que me carimbou o passaporte demorou o total de um minuto em todo o trâmite. A mala chegou bem, apanhei uma remise e cheguei a casa.

Posto que terminei este desinteressante relato, resta-me apenas fazer um pequeno apontamento curioso, do aeroporto de Madrid.



Não notam nada? Ora vejam lá:
É sempre bom saber que a tradução de "Ibéricos" para inglês é "Spanish"...

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