No "El País" de Domingo, veio um artigo sobre o novo escândalo de corrupção em Portugal. Assim de repente já imagino as cabeças que se abanam num gesto de "não, este país é uma vergonha". E, convenhamos, novo escândalo de corrupção não contribui para uma imagem muito positiva.
Contudo, vejamos o lado bom da história: a trama é investigada, chega à opinião pública e, se tudo correr bem, será processada pela máquina da justiça. Os protagonistas verão o seu nome associado a uma história suja e, se tiverem vergonha na cara, não voltam a brincar aos inimputáveis.
Já é mais do que se pode dizer sobre os casos que acontecem aqui na Argentina (e noutros países da América Latina), onde as redes de corrupção não são sequer tocadas.
E tenhamos presente que para cada corrupto activo tem de haver um corrupto passivo e que todos nós podemos escolher deixar de tolerar assumir este papel.
4 comentários:
Bom, bom, bom...
Desta vez, houve uma coisa interessante: um dos senhores envolvidos pediu a suspensão do mandato; para outros o tribunal obrigou e ainda há alguns a debater-se (se calhar, são mesmo inocentes...)
A nossa experiência (caso Casa Pia, Freeport and so on) é que se fala muito disso, o tempo vai passando, o público vai esquecendo e quando chega ao julgamento pouco ou nada se prova. Mais uma montanha a parir um rato. É mais ou menos este o espírito com que encaramos estas coisas...
De qualquer modo, tb acho que é melhor do que na A. S.
Beijinhos
M.
Vamos ser optimistas e acreditar que sim!
Há, de facto, algumas diferenças desta vez!
Mas a justiça devia ser mais rápida e eficaz!
E então os Camorra, conheces?
Eu gostei de os ouvir.
Bjs
Tia Alcinda
Sejamos optimistas, sim.
Tia, não conheço os Camorra. Vou ver se os encontro por cá.
Beijinhos!
O pior é quando a corrupção passiva existe não por indiferença, mas porque dela depende o teu ordenado e o sustento da família...
Sabes, acho que este pessoal nem achava que era corrupto. Simplesmente, achava que era sempre assim que se fazia e que estava acima da justiça. É fantástico que agora se levantem todas estas lebres, estaremos cá para ver os resultados. Será que, no fim, sobra alguém, nessas administrações duvidosas, para administrar?
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