Esta é uma cidade de contrastes, uma aldeia que ser grande metrópole, onde o dinheiro abunda. Numa cidade onde a rede de esgotos continua a ter falhas e a expelir fantásticas ribeiras de cocó na via pública, erguem-se arranha-céus residenciais e, desde Julho, também hoteleiros, com o empreendimento Trump Tower.
Abriu em Julho, num dia de dilúvio bíblico, e como é aqui mesmo, mesmo ao lado, fomos logo visitar. No rés-do-chão tem uma arcada comercial praticamente vazia, com a excepção de uma pastelaria que me faz sentir em Portugal, e uma enoteca, que também serve refeições ligeiras e tem música ao vivo.
A recepção do hotel localiza-se uns 14 ou 15 andares acima, bem como alguns restaurantes já devidamente explorados: no Barcelona, bar de tapas, encontramos sempre caras conhecidas entre os empregados que lá trabalham, o que me faz pensar que este empregador deve ser excelente.
(Um pequeno parêntesis: Mãe, lembras-te daquele senhor no Don Patacón que nos serviu tão bem? Aquele cuja cor dos olhos era mais clara que o tom de pele? Pois com esse nos cruzámos da última vez...!)
Também há o restaurante Tejas, devidamente provado. A comida é correcta, as porções francesas (ou seja, mínimas) e o serviço é lento. Mudou a carta na semana passada, por isso talvez lá voltemos.
A oferta gastronómica é completada pelo bar da piscina, onde o ambiente é muito, muito giro, mas a oferta é muito restrita. É um bar de piscina que, à noite, em vez de se metamorfosear num restaurante com um ambiente muito especial, continua a servir as bebidas em copos de plástico e a ter um par de saladas e hambúrgueres. Na minha opinião, não chega.
Mas o espaço? O espaço é muito bonito, mesmo; mesmo tendo em conta que as varandas dos vizinhos se encontram a escassos 3 ou 4 metros, conseguiram criar uma atmosfera elegante e sofisticada, coisa que cá não abunda.
Nos primeiros dias, ainda tudo cheirava a novo, a tinta e a reboco. Hoje, a máquina já está mais oleada e a funcionar melhor; talvez o serviço não seja tão cerimonioso como no início, mas continua a ser acima da média local.
2025 CALENDARS - good tuesday
Há 2 dias
4 comentários:
Parece-me que tenho que voltar ao Panamá em breve!
Bjs.
M
as vezes, as tuas descrições fazem-me lembrar-me uma outra certa e determinada terra, onde o brilho é partilhado com o descuido.... enfim, pelo menos ai tens algum verde
É verdade, Mar! Não são só as descrições, são também as fotos.
Aproveita-a bem, pois, apesar do mal que dizemos dela, a verdade é que nos proporciona uma boa qualidade de vida.
Bjs
Mariana
As fotografias estão 'lindamente' ilustrativas, é assim mais fácil visualizar o contraste que sabemos que existe. Mas esse contraste ganha aí contornos mais estranhos, porque não é exclusivamente económico, ou é?
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