Desde que nos mudámos para este prédio onde vivemos que os elevadores têm sido palco de muitos encontros curiosos. Um deles, num dia em que levava a bicicleta comigo, foi com um senhor muito castiço, seguramente com idade para ser meu pai, de cabelinho muito branco, muito magrito e muito bem disposto.
Com uma bicicleta no meio, a conversa de circunstância andou à volta desse assunto. Assim me contou ser holandês, dividir o ano entre o Panamá e a Holanda e ter saudades de ser ciclista durante as suas estadias tropicais.
E, a partir daí, sempre nos cumprimentámos e trocámos umas palavras, ou em inglês ou em espanhol. O tempo, a bicicleta, o café do lado, tudo servia de assunto para a nossa curta converseta.
Na sexta passada, após um ano e meio de encontros de elevador, este senhor conta-me que em Abril volta à sua Holanda natal para um casamento de um familiar, e também para aproveitar o Verão europeu.
Como eu desconheço Verão europeu mais bonito que o português (sei que a minha idoneidade na matéria é absolutamente discutível, mas obviemos isso), disse-lhe exactamente isso. Ele achou curioso que eu soubesse como era o tempo em Portugal... até que lhe contei que era portuguesa.
Foi uma alegria! Não é que o senhor viveu onze anos em Lisboa, no mesmo bairro e tudo? E viemos nós cruzar-nos no Panamá.
O mundo é uma ervilha, está visto.
2025 CALENDARS - good tuesday
Há 1 dia
2 comentários:
Que ervilha tãããão doce!
Namaste!
Que giro!
Bjs.
M
Enviar um comentário