Cá no Panamá usam-se as casas gigantes, sejam elas apartamentos ou vivendas, o que importa é que sejam muito grandes. Bem aproveitadas, nem por isso, o aproveitamento de espaço não é, claramente, uma prioridade. Influências norte-americanas? Espaço a mais? Não sei. A verdade é que todo e qualquer electrodoméstico é gigante e o espaço excessivo lá se vai preenchendo.
Nas nossas buscas de casa, um dos nossos requisitos é que tenha lugar para a máquina de lavar loiça. Ora aqui, esse requisito em particular é visto como uma excentricidade de europeus. Para quê uma máquina?
Já vimos casas com espaço de dois metros de largo para o frigorífico - e não exagero, dão para guardar até roupa e livros (e tudo o que nos aprouver). Fogões igualmente gigantes, fornos enormes, micro-ondas que ultrapassam tudo o que já tinha visto. Já para não falar nas máquinas de lavar e secar roupa - duas funções que até podiam estar na mesma máquina, mas para quê, se espaço não falta?
Agora: máquina de lavar loiça é que nem pensar. Isto porque, como já devem ter adivinhado, usa-se ter uma máquina humana para lavar a loiça, máquina essa que - nas casas que visitámos - é arrumada (ou seja, dorme e vive) num quartinho microscópico, a maioria das vezes sem janela nem ventilação.
Daí a minha frustração: casa gigante, sim; quarto de empregada, sim (uma bela arrecadação, no nosso caso); sítio para a máquina de lavar loiça? Nem pensar, até porque, como me disseram hoje, seria preciso mandar cortar o mármore da bancada!...
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Há 2 dias
2 comentários:
Esta tua experiêncoa faz-me lembrar os meus momentos com a busca de casa na Holanda, mas ao contrário, porque as casas eram minúsculas e sem lógica arquitectónica, e depois o que era essencial para mim tornava o meu diálogo um diálogo com marcianos... enfim, mas a máquina de lavar louça encontrava-se... já um fogão com forno... .isso era outra conversa! bj
A sério?
Bem, choque cultural em todo o lado... ;)
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