Depois de Orlando, voámos até São Francisco, cidade que me conquistou completamente.
No primeiro dia em que lá estivemos, fomos brindados com um magnífico céu azul, sem nevoeiro. Quem visitou sabe que a famosa ponte Golden Gate, a irmã mais velha da nossa querida 25 de Abril, se costuma esconder pudicamente debaixo de um manto branco. Pois naquele dia, não. Estava linda, linda e desavergonhadamente vermelha contra o céu azulão de Outono.
Na baía, à direita, Alcatraz; à esquerda, a Golden Gate, a entrada dourada para a baía de São Francisco.
Em Chinatown viajei no tempo até à minha adolescência em Macau.
Não sei se se entende bem o fascínio que uma cidade cheia de desenhos e de letras pode suscitar a uma ilustradora e designer gráfica... Não conseguia parar de tirar fotografias, e estas que aqui vêem são apenas uma breve e concisa selecção.
A Coit Tower sobre a colina.
Ei-la. Erguida como forma de agradecimento à cidade e aos bombeiros locais, a Coit Tower foi a primeira torre a ser erguida na cidade e, apesar de não ser a mais alta, é a mais alta ali da zona. Lá dentro, está toda decorada com murais encomendados a vários pintores, alguns muito revolucionários. Mais informação sobre a torre aqui.
Vista de lá de cima, a Golden Gate, ao longe, sem nevoeiro. Ao longe, consegue ver-se a porção de Lombard Street às curvinhas (a parte de rua totalmente arborizada). Com os seus canteiros lindos, a rua é realmente apetecível. Talvez só não para viver.
Nesse dia aproveitámos para andar a pé pelas ruas da cidade, subimos e descemos, entrámos por Chinatown e continuámos, subimos à Coit Tower e tivemos uma panorâmica maravilhosa. Ao certo, não sei quantos quilómetros andámos, mas foram muitos.
Eis a vista oposta à anterior, em que estamos no cimo de Lombard Street e olhamos para a Coit Tower. Estão a vê-la?
Depois da Coit Tower seguimos pela Lombard Street até chegar à porção das voltinhas, assim desenhada para resolver a questão da extrema inclinação da rua, qual esquiador inexperiente (eu, portanto).
Daí continuámos o nosso passeio em direcção ao cais, evitando cuidadosamente o Fishermen's Wharf. Que dizer? É uma imensa armadilha para turistas, zona cheia de lojas de recordações originais da Califórnia, feitas na China. Mas dirigimo-nos portanto para o cais, e daí na direcção da Golden Gate. Vimos gente a nadar numa pequena praia, a treinar de fato isotérmico completo. Não é que estivesse frio naquele dia, mas a água estava gelada, claro, afinal é o Pacífico que ali chega, e estávamos no fim de Outubro.
Este edifício, antes um balneário para marinheiros, hoje um espaço público, fez-me lembrar a nossa Estação Marítima de Alcântara.
Depois voltamos a afastar-nos do mar e a entrar pela cidade adentro, e aí começou a chegar o danado do nevoeiro, e com ele um frio cortante. Subimos pela Polk Street, que nos levou através do bairro Russian Hill e nos presenteou com muitas letras bonitas, montras lindas e cafés cheios de gente.
Nessa noite, os San Francisco Giants jogavam uma partida decisiva de baseball e, se ganhassem, seriam os campeões da "World" Series. As minhas aspas na palavra World são irónicas, claro, porque este é um campeonato que se confina a uma parte do mundo que se situa na América do Norte, apesar de se chamar de "mundial". Há que sorrir sempre.
Os SF Giants ganharam, claro, e foi entre curiosidade e algum receio que vimos o início dos festejos. Depois, retirámo-nos alegremente para o quarto. No dia seguinte ficámos a saber que até um autocarro tinha sido queimado...
Mundialices locais à parte, o dia foi excelente, com um tempo não só maravilhoso como também excepcional, como ficámos a saber logo no dia seguinte. Mas isso fica para o próximo post!
Mais fotos aqui.
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Há 2 dias
1 comentário:
Gostei muito do relato e, sobretudo, das fotografias.
Soberbo.
A S Ramos
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