sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Estamos em época de milagres

Diz a minha Mãe e tem muita razão. O fatimense desta casa exultou com a notícia de ontem da eliminação do FCP pelo Fátima. Milagre, certamente.

Milagre também a saída de Santana Lopes a meio da entrevista, após a interrupção feita pela chegada de Mourinho em directo, notícia de suma importância nacional.

Não é frequente o Fátima ganhar ao FCP; também não é nada frequente o Santana Lopes fazer uma bem feita. Mas às vezes acontece.

Fight For Kisses

Gostei tanto que tive que o pôr aqui.

Encontrei-o aqui.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Recomeçou a Operação Triunfo!

E eu tão longe, sem RTPi...

(chamem-me "cursi", se quiserem, mas eu não quero saber. Sou fã, sou triunfeira, gostei tanto da segunda edição! Como é que hei-de fazer agora?)

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Adeus ao sol de Inverno




Diz quem fotografa que não há nada como o sol de Inverno. Devo confessar que também gosto muito do sol das outras estações do ano (talvez mais para ir à praia que para fotografar).

Agora que o Inverno acabou e a Primavera se está a instalar, digo adeus ao frio com estas duas fotografias da Buenos Aires de uma tarde soalheira de Inverno. Digam lá se não é uma cidade fotogénica?

domingo, 23 de setembro de 2007

Sos un bombon parte II

O episódio do bombón do post anterior fez-me lembrar a viagem de táxi na semana passada até ao escritório do Paulo para depois partirmos para Las Leñas.

Cá, nos semáforos, há muita gente a ganhar a vida a vender coisas ou a fazer malabarismos ou afins. Os vendedores de rosas, que, em Lisboa, actuam principalmente nos restaurantes e nas ruas do Bairro Alto, aqui estão no meio do trânsito, sobretudo nos semáforos.

Estávamos nós num sinal vermelho e vem um senhor vender-me rosas.

"-Una rosa, bombón?"

Eu, pela janela semi-fechada, ri-me, agradeci e disse que não.

Mas o taxista não perdoou:

"-Ellos dicen lo que sea para vender, pero la verdad es que no se equivocó: sos un bombón!"

Se precisarem de tradução, avisem.

Sos un bombon

Cenário: restaurante de bairro, aqui perto de casa. Estou a tentar escolher a sobremesa e chamo o empregado para lhe fazer algumas perguntas.

"-Perdoná, el bombón suizo que es?
-Es como vos!"


Traduzo, para que não restem dúvidas: pergunto ao empregado o que era um "bombom suíço", ao que ele responde que é "como tu", ou seja, como eu.

Aqui, pausa.

De repente, um raio de compreensão ilumina-me e começo a rir-me, a rir-me que nem uma perdida. Olho para o Paulo, ele ri-se às gargalhadas com o descaramento do empregado de mandar um piropo destes à frente dele. Depois finalmente começou a descrição do bombom suíço.

Fiquei-me por uma mousse de chocolate.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

air: work in progress

A partir de hoje, vai estar disponível aqui um blog sobre o trabalho que estou a desenvolver. Está escrito em inglês e em português, para que os actuais clientes (portugueses e estrangeiros) o possam ler e, claro, com a esperança de que o grupo de leitores não-lusófonos aumente - e se converta em nova clientela.

Espero que gostem!

Filete porteño

Que grande trabalheira para pôr a imagem ali em cima! Para quem estiver distraído, é a imagem do título do blog. Não consegui pô-la exactamente como queria, mas a batalha entre mim e o HTML não foi totalmente perdida.

É a minha primeira ilustração com base no filete porteño, uma técnica nada e criada aqui em Buenos Aires que era usada nos camiões de distribuição de bens, para os diferenciar uns dos outros. Começou por ser uma aventura lírica de um pioneiro e, como o cliente gostou, passou a ser uma vantagem comparativa em relação à concorrência. Em poucos anos, camião que era camião, autocarro que era autocarro, veículo que era veículo e que se quisesse diferenciar tinha de ter um belo fileteado porteño.

Uma directiva do governo da cidade proíbe actualmente a sua utilização nos autocarros, por alegadamente dificultar a leitura. Então o que hoje temos é panelas fileteadas, chapinhas e caixas para pôr o mate. Bem, há mais coisas, mas não na loucura do antigamente.

Eu gosto do fileteado porteño e por isso decidi estudar um bocadinho mais. Ainda não uso a técnica completa (tinta esmaltada sobre metal, aplicada com pulso firme e pincel fininho), mas pode ser que um dia venha a fazê-lo. Até lá, vou-me entretendo com estas coisas.

Digamos sim à Primavera!

A ida a Las Leñas marcou a despedida do Inverno e a tão desejada chegada da Primavera. Qual tormenta de Santa Rosa, qual carapuça. Enquanto lutava para manter os esquis paralelos e uma pose absolutamente intocável de esquiadora experiente, ouvi o instrutor dizer que a neve estava má porque era aquilo a que costumam chamar neve de Primavera.

Estas palavrinhas, apesar de serem tristes para os amantes dos desportos de Inverno, fizeram desabrochar em mim - qual botão de flor - uma alegria tão intensa que se torna francamente indescritível. Sim, finalmente Primavera! Como explicar? Para mim é Inverno desde Dezembro... estou farta! Em Lisboa, apanhei "um dos Invernos mais frios desde há ...(muitos, não sei quantos) anos". Chego a Buenos Aires e tunfas, outro Inverno fenomenal, com queda de neve na cidade como bónus, como não acontecia há ... (acho que 80) anos. É bonito e tal, mas estou farta. Sinto-me uma sueca que vai a Lisboa em Fevereiro e veste uma camisa com palmeiras, calções e sandálias com meias brancas, só porque está sol e o termómetro marca a loucura de 11ºC.

No ano passado, quando cá estive, notei que havia muitas celebrações na rua relativas ao equinócio. Achei curioso que se celebrasse tanto a Primavera, não estava bem a compreender o entusiasmo de quem tem um Inverno bastante temperado. (Impõe-se aqui um parêntesis: aparentemente, nas culturas latino-americanas celebravam-se os equinócios, não os solstícios como acontece no hemisfério norte. Fecha parêntesis.) Já este ano, estou aí para as curvas! Sim, celebremos a Primavera! Celebremos o tempo ameno! Celebremos os parques, os jardins e o roseiral em flor dos bosques de Palermo! Sim! Sim!

Aaaaah...

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O que aprendi no fim-de-semana

Aprendi muita coisa este fim-de-semana.

Primeiro, e talvez mais importante, aprendi a esquiar sem recorrer à famosa técnica de travagem que consiste em se atirar ao chão. Agora já travo. Não com muito estilo, vá, mas já travo.

Segundo, que funciona como alínea do primeiro, aprendi a descer as encostas aos ziguezagues. Já sabia a teoria, claro, mas no ski, como em tantas outras coisas, uma coisa é saber a teoria e outra muito diferente é praticá-la. Percebi que o ziguezague funciona. É cansativo, mas funciona.

Terceiro, que quem manda nos meus esquis sou eu. Era outra daquelas coisas que já sabia em teoria mas que parecia que na prática não resultava assim tão bem. Agora já sei que os posso inclinar um bocadinho mais ou um bocadinho menos, que os posso pôr mais paralelos ou mais concorrentes e que tudo isso tem um efeito prático no deslizamento (ou não) sobre a neve.

Quarto, aprendi o termo "macanudo", pertencente ao lunfardo não sei se argentino se exclusivamente porteño (hei-de averiguar). "Remacanudo", que é ainda mais que "macanudo" só, é a pessoa "porreira". E é o que era o instrutor que me instruiu durante estes dias, um chico cheio de paciência e boa onda que nos levou a descer as pistas lá para cima, pistas daquelas que eu nunca na vida haveria de sonhar descer. E desci!

(Abro um parêntesis para esclarecer aqui uma coisa muito importante: o primeiro instrutor de ski que tive foi o Paulo. Fez um óptimo trabalho, há que dizer, só que não foi ajudado por dois factores: o medo e a neve congelada do último dia em Chamonix. Ainda assim, os ensinamentos dele nessa altura valeram-me para estes três dias e pude rapidamente acompanhar o grupinho das aulas nas incursões a pistas mais difíceis. Ou mais intermédias, talvez seja mais rigoroso. Fecho parêntesis.)

Resumindo e concluindo: foi bom.





sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Ai fida

Suspiro.

Apesar de estar contente com a ida a Las Leñas, tenho muita pena de não estar amanhã em Beja, no casamento dos meus primos. Serve o presente post para manifestar o karma de emigrante transatlântico, algo que já conhecia (mas talvez não me afectasse tanto) da vivência macaense.

Vai então um abraço oceânico para os Noivos, com uma lagrimita no olho e o coração apertado. E um beijinho a toda a família. Espero que gostem da minha participação sui generis na boda.

Palavras magicas

Las Leñas: 1ºC con probabilidad de nevadas...

Estas são hoje palavras mágicas para mim e para todos os colegas do Paulo que vamos até Las Leñas passar o fim-de-semana prolongado do feriado dos jaboneros. A viagem começa hoje em direcção aos Andes. Sábado, Domingo e segunda serão três dias de esqui! Chegamos a Buenos Aires na terça pela fresca, eles todos directos para o escritório para mais um dia de trabalho.

Bem, para alguns vão ser três dias de esqui; para outros, como eu, três dias de sobrevivência nos esquis. Iupi!!!!

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Tormenta de Santa Rosa

A tormenta de Santa Rosa, ou - em bom português - a tempestade de Santa Rosa, é um fenómeno climático anual que tem lugar no final do Inverno austral, ou seja, agora. E é um pouco como deus: é omnipresente e omnipotente. Por esta altura, claro está.

Em Iguaçú apanhámos um frio, mas um frio!, de rachar. Um frio frio, com chuva e vento à mistura. A água das cataratas vinha mais quentinha que o ar... Aparentemente a tormenta de Santa Rosa não chegou lá, mas causou o frio.

Este fim-de-semana que passou, Buenos Aires - onde há apenas dois meses nevou - foi inundada por uma onda de calor de trinta graus centígrados. Que fazer com isto?

É bom saber que esta onda de calor é normal e se deve à já célebre tormenta da Santa e não às alterações climáticas e à chegada do homem à lua e consequente mexidela lá nas antenas. Diz que é normal, que é a chegada da Primavera, que agora desce outra vez a temperatura e começa a subir gradualmente.

Estamos à espera, mas já deu para ver que vai ser o cabo dos trabalhos para secar a roupa lavada.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Agora que sou seculo XXI...

...não dá para não comentar duas, ok, três notícias que vi no Público (aliás, vi no Google Reader, por isso é que sou século XXI, 2007, e não século XXI, 2001).

A primeira é a da morte do Luciano Pavarotti. Foi com pena que a li, sobretudo porque nunca pensei que um homem daquele tamanho (hmmm... literal e metaforicamente) pudesse morrer. Pois, bem sei, é idiota. Mas não pensei mesmo. Fica na minha memória como um cantor lírico que não só abriu as portas da música "erudita" à música "pop" e vice-versa, como também se fartou de fazer algo pelos que não tinham maneira de ir ver os concertos dele.

A segunda é da ideia de José Saramago fundar uma nova Ibéria em que Portugal e Espanha são estados federados. Bem, como dizer, não quero entrar no óbvio da nossa independência de Espanha já há algum tempo. Penso que já ultrapassámos essa fase. Mas, honestamente, que sentido faz federalizar dois Estados dentro da União Europeia? Não é a União já um caminho para a federação de todos os Estados? Os bascos querem a independência, José Saramago a fusão...

A terceira é boa: não é que Portugal está no sétimo lugar do ranking mundial da modalidade "Governo Electrónico"? Estamos sempre tão habituados a estar na cauda de todas as listas (sejam elas quais forem) que este sétimo lugar mundial (e segundo europeu) é uma surpresa e uma alegria. A mim, facilita-me bastante a vida dado agora estar deste lado do lago Atlântico. Só falta mesmo é ser possível pagar a contribuição à Segurança Social através da Caixadirecta. Para quando?

(e agora um pequeno parêntesis, sobre outra notícia do Público: um motard a fazer um rali por estas bandas teve um acidente em "Antofagasta, a cerca de 300km de Buenos Aires". Alguém explique ao jornalista que Antofagasta não só fica no Norte do Chile como também a muito mais que 300km de Buenos Aires. 300km cá não são nada, são pinhões.)

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Terminou a chilly season

Diz que sim. Espero que sim.

Com a chilly season foram também todas as visitas, que trocaram a silly por esta. Acabaram-se os dias de trabalho de turista, de passeios pela cidade e também pelo país, em que a planificação das actividades incluía inevitavelmente os restaurantes a visitar e os pratos novos a experimentar, os monumentos a ver e as ruas a percorrer.

O saldo é positivo: pisei apenas dois cocós, vi muitas coisas novas, comi pejerrey e visitei as quedas do Iguaçú, que elejo como o mais excitante de tudo. E recebi muitos, muitos miminhos, também em forma de favas e de ervilhas com ovos escalfados. Só para apreciadores!