terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Surpresas

Chegou hoje, ainda por cima autografado. Surpreendente presente, estou contente!

Hoje, quando cheguei à estação de correios e abri o meu apartado, tinha um envelope gordinho. Lá dentro, uma surpresa: um presente de aniversário (adoro presentes).

Com cuidado, tirei o a gordura do envelope e vi que era "A Montanha Mágica" do Rodrigo Leão. Eu, fã inveterada do artista, fiquei muito, muito feliz.

Mas a surpresa não se ficou por aqui. Atrás está um autógrafo do Rodrigo Leão, autógrafo esse conseguido pela minha mãe-agente-representante da filha, que é fã.

Obrigada, adorei! E já ouvi e vi e vou ouvir muitas mais vezes.

Portugal fica um pouquinho mais perto (continua a faltar o cozido...).

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Do frio

Para os dias difíceis, mantenho aqui no computador uma colecção de fotos de momentos felizes. Hoje, ao pesquisá-la, encontrei estes dois testemunhos do horrível frio que tivemos num dos dias das nossas férias de Natal. Os -25ºC - que até em Fahrenheit puseram um menos à frente do dígito - provocaram tal contracção dos tecidos que tudo, tudo rachou.

Com o frio, o meu dedo abriu-se em frieiras.
O meu dedo rachou.

Com o frio, até o creme rachou.
O meu creme, feito basicamente de cera de abelha e óleos essenciais, também rachou.

E depois voltei para os trópicos e tudo se curou.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Zine de Fevereiro

We´re in Panama, issue 21

Já que vamos embalados com o tema zine, aqui está o número de Fevereiro. Espero que gostem!

Bom fim-de-semana!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Tardes de Verão

Tarde de Verão II #panamá

"Verão", cá, tem um conceito estranho. Na verdade, é "seco", não "mais quente". E os dias têm sido, bonitos, com pedaços de céu azul à vista, umas nuvens bonitas e fotogénicas a esconder teatralmente o sol que se põe. São dias curtos, que em apenas dois meses se transformam numa doce recordação e numa vontade de que voltem de novo.

Não há nada como o Verão em Portugal, é certo; mas esta estação seca tropical também tem os seus encantos.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Uma zine comemorativa dos meus 34

Fiz 34 anos no dia 8 de Fevereiro. O meu aniversário passou sem ser assinalado aqui no blog, é certo, mas não foi por falta de assunto; foi, pelo contrário, pelas muitas actividades que fiz nesse e nos dias seguintes, uma celebração de vários dias.

Por isso, peço aqui emprestada ao TMT Design Studio (Teresa, Mena e Titi) a zine que fizeram para me mandar nesse dia para me desejar um feliz aniversário.


Para ampliar e apreciar todos os detalhes, cliquem directamente nas fotografias.

Foi uma surpresa deliciosa de que muito gostei! Adorei o retrato da família e também de ver as actividades favoritas deste colectivo criativo. E que me têm a dizer sobre a capa? Espectacular, não acham? E já viram o endereço do "site" deste grupo?

Espero que desfrutem tanto quanto eu de observar esta zine irmã do We´re in Panama! e que se juntem a mim para pedir mais números:

Queremos mais! Queremos mais! TMT Design Studio, queremos mais!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Arroz doce

Arroz doce

Nunca tinha feito, segui as indicações maternas, e saiu bem. Foi provado e partilhado por um casal colombiano, um casal chileno-mexicano e nós os dois. Em todos os países que estiveram representados à volta da nossa mesa, há uma versão desta sobremesa, ora mais caldosa, ora mais alaranjada, com canela, sem canela.

Mas tenho para mim que, como o nosso, não há. (Foi o meu comentário nada tendencioso do dia.)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Dias de chuva

Cá, os dias de chuva são assim:

Dias de chuva I

Cinco minutos depois:

Dias de chuva II

Vejam a vista da varanda: felizes e contentes com uma nesguinha de céu azul...

Cinco minutos antes

...e cinco minutos depois é este o panorama:

Cinco minutos depois

Entre Abril e Dezembro, este espectáculo é diário, às vezes com mais que uma sessão por dia.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Há sempre "alguito" que contar

Cada vez que necessito recorrer aos correios panamenhos saio da estação com material para mais um episódio da grande, recorrente e repetitiva telenovela subordinada ao tema "podia ser fácil mas por que não ser difícil".

Precisava enviar duas cartas. Duas. Não precisava de pagar o apartado, nem pagar contas, nem levantar a minha reforma, nem nenhuma remessa de dinheiro. Duas cartas, nada mais. Quando cheguei, às onze da manhã, tinha oito pessoas à minha frente. Já sei que cada pessoa leva, mais coisa menos coisa, dez minutos a ser atendida. Prometia.

Apesar das oito pessoas à espera, em pé, só havia um balcão a funcionar. No fundo, vários funcionários trabalhavam (ou não) e atrás das caixas de apartado ouvia-se muita converseta. Esperei e esperei; a fila ia-se movendo, muito lentamente. No Panamá, os reformados têm prioridade no atendimento público, por isso, quando chegou um senhor de cabelo branco (que seria atendido depois de mim), foi atendido à frente dos restantes clientes, que continuavam pacientemente à espera.

Às tantas, apareceu um senhor semi-executivo, cheio de pressa. Amigo da chefe de estação, de agora em diante conhecida como generala, chamou-a e ela veio, toda querida e simpática. O senhor precisava de pagar o apartado, e não tinha muito tempo, ao que ela prontamente respondeu que não se preocupasse. Foi buscar a ficha dele ao arquivo, recebeu o dinheiro, prometeu-lhe o recibo entregue no respectivo apartado e que não se preocupasse. O homem, recado despachado, abalou.

E nós à espera.

Fui ao balcão e dirigi-me à generala, para com muito respeito dizer que não era justo que atendesse o senhor quando nós estávamos ali todos à espera havia vinte e cinco minutos, já para nem falar do facto de haver só uma pessoa a atender e tantas no trabalho de bastidores.

A generala, que não gosta de ver a sua liderança contestada, ficou uma fera: que não tinha atendido o senhor coisa nenhuma, mi amor, que não podia ter mais gente ao balcão porque a estação estava em remodelações, mi amor, eu que lesse os letreirinhos todos (ela usou o diminutivo), que sempre que lá ia tinha "alguito" que dizer, que eles até me tinham oferecido o apartado, mi amor.

Na fila, ninguém dizia nada. Eu, se há coisa que deveras aprecio é que me tratem com condescendência e me façam de parva: que ninguém me oferecia absolutamente nada e que eu pagava o apartado; que via o funcionário a atender em mais que um balcão, só que só havia um funcionário para três guichets, e que finalmente se eu tinha "alguito" que dizer era porque ela estava ali para me prestar um serviço que eu pagava e que se o serviço não era bom eu tinha todo o direito de fazer uma reclamação.

A troca durou uns minutos mas depois tive de me ir embora porque tinha outro compromisso. Quando voltei, o funcionário que me atendeu foi ainda mais amável do que é habitualmente. Acho que lá na estação alguém ficou contente por ver a déspota a ser posta no seu lugar.

Chego à conclusão de que cá no Panamá o que importa é quem fala mais alto. E que muito pouca gente ousa falar.