segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cada qual com as suas estratégias

Há dias em que estar no Panamá me agasta. Não me posso queixar porque temos uma excelente qualidade de vida; mas quase sempre que dependo de alguém para alguma coisa (limpeza dos filtros do ar condicionado, entrega de móveis ou a instalação da internet são alguns dos exemplos), já sei que tenho um acesso momentâneo de fúria. Não há característica mais local que o atraso crónico e o incumprimento, seguida de muito perto de uma total ausência de cuidado a mudar de faixa na condução.

Para lidar com a última, tento não conduzir. Só mesmo quando tem mesmo, mesmo, mesmo que ser - e é melhor ser à noite ou ao fim-de-semana. Quanto à primeira, fica difícil, porque em determinadas situações estamos totalmente dependentes da pessoa e não nos resta outra alternativa senão cancelar todos os planos para se ficar de plantão, à espera, com o máximo de calma e tranquilidade possíveis.

Este fim-de-semana, mais uma vez, faltou a água, o que me deixou deveras furiosa. Esforcei-me muito por me lembrar de momentos bons tanto aqui

Pôr do sol na Cidade do Panamá

...como ali.
Procissão da Sra. dos Navegantes em Armação de Pêra, Algarve

Num dia destes, espero que não demasiado longínquo, mostrarei aqui outras memórias boas que servem de lugar feliz aonde voltar sempre que a fúria panamítica me assalta.

O Panamá tem dias, minha gente, tem dias.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A edição de Verão de "We´re in Panama!" está no ar!

"We´re in Panama!", issue 15

O número 15 da zine está no ar! Descarreguem, imprimam, dobrem, leiam e partilhem.

Para quem ainda não sabe, este número conta com a participação de uma certa artista muito especial, que do alto dos seus 6 anos forneceu ilustrações espectaculares com a temática marítima para constarem da edição de Verão de "We´re in Panama!". Para saberem de quem se trata, vão ler, já!

E a seguir, rumem à página da zine no facebook e façam "like". Sim? Obrigada!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Panamices

Aqui há tempos, uma amiga panamenha contou-me uma história que aconteceu a um seu conhecido. Vinha ele por determinada estrada da Cidade do Panamá quando, num semáforo, um senhor se aproximou do seu carro para lhe oferecer uma limpeza expresso de vidro, em troca de uns trocos.

O condutor baixa o vidro do carro e diz-lhe que não, que lhe vai oferecer algo melhor: um trabalho. Dá-lhe o cartão de visita e pede que lhe ligue nos próximos dias.

O telefone não tocou e, algumas semanas mais tarde, encontra-se de novo com o mesmo limpador de vidros semaforeiro. Baixa o vidro e pergunta-lhe por que não lhe havia ligado.

"É que o senhor me queria pôr a trabalhar!". E, lá está, trabalhar dá trabalho e até cansa.

Infelizmente, é esta a mentalidade panamenha: é quase, quase preciso convencer as pessoas a trabalharem, a cumprir a respectiva parte dos acordos, a serem pontuais (ser pontual, no Panamá, é chegar meia hora atrasado).

Já sei, já sei, os portugueses que me lêem vão imediatamente estabelecer não sei quantos paralelismos com a realidade que estão a viver. Mas, lamento, não têm razão. Como esta cultura de preguiça, de falta de brio e profissionalismo que se respira aqui de forma absolutamente transversal, não conheço outra! Haja paciência...

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

De volta

Issue #15 is in the making 2

Já de volta ao Panamá, trabalho arduamente para publicar o número 15 da zine, desta feita com a participação especial da artista convidada de seis anos mais espectacular que conheço.

Aposto que nem imaginam quem pode ser, não é verdade?