quinta-feira, 30 de abril de 2009

E mais desmentidos

4. Depois da tentativa falhada no Rose Garden em Bangkok, há muito, muito tempo, no Australia Zoo consegui finalmente tirar a fotografia com uma grande cobra.

Argh. Falso. Falso, falso, falso. Mas vimos uma cobra gigantesca, gigantesca, enorme, daquelas de precisar de uma camioneta de caixa aberta para poder ser transportada. Nada de fotografias, que só de olhar já fico com pele de galinha.

Mais desmentidos



2. Com o meu conhecido jeito para a graçolita choné, fui convidada para o palco do Melbourne Comedy Festival.

Também verdade. Na primeira noite em Melbourne, depois de termos estado na Tasmania, decidimos aproveitar ao máiximo o que a cidade nos oferecia. Quando vimos que estava a decorrer o Festival de Comédia, procurámos um espectáculo que nos fosse fácil de entender, com poucas ou nenhumas referências políticas que nos escapariam. Com a simpatia habitual dos australianos, encaminharam-nos para o espectáculo "The boy with tape on his face".

E isso leva-nos ao ponto seguinte:

3. Dei um beijo a outro homem durante a nossa lua-de-mel. E o Paulo viu tudo.


Também verdade verdadeira. Chegámos cedo à sala de espectáculos e, quando entrámos, sentámo-nos na primeira fila. Ora eu já devia saber que em espectáculos de comédia (ou de magia ou de hipnose) nunca por nunca ser se deve sentar na primeira fila se não se tem vontade de subir ao palco para ajudar o comediante a ser cómico. E, tal como já esperava, a páginas tantas fui chamada para um numerito que incluía estar de gatas no palco (hmmm...) e ser par romântico do "boy". E o resto é história. E, sabem? Ele fez-me uma flor de fita-cola!

Desmentindo as mentiras, contando as verdades I

Esta cabeça jetlagada mentiu-vos. É verdade, mentiu-vos, ainda que de forma absolutamente involuntária e justificada pela terrível soneira que sentia no dia em que publicou a versão deluxe das verdades e mentiras. Tal era a nuvem em que me encontrava que afirmei haver três mentiras no meio das nove, mas na realidade só há duas.

Como cada um dos pontos dá pano para mangas para contar uma das partes da nossa viagem, passo a desmentir as (duas, não três) mentiras e a contar o contexto das (sete, não seis) verdades. Cada uma em seu post, porque entre histórias e fotografias a coisa pode ser bien jugosa. Ora aqui vamos!

1. A Milla, uma australiana de Brisbane, arranhou as costas do Paulo quando lhe deu um abraço mais apertado. E isto durante a nossa lua-de-mel!

É verdade sim senhora. Cabe apenas explicar que a Milla é uma simpática koala de três anos, querida, adorável e muito pegável ao colinho. O problema é que a Milla, como todos os koalas, tem umas garras muito afiadas, que lhe servem para se agarrar bem à árvore em que está a fazer as suas (muitas) sestas.






Este abraço à Milla aconteceu no Australia Zoo, um jardim zoológico diferente de tudo aquilo que já tinha visto. Há que dizer que não sou particular fã de jardins zoológicos: ainda não visitei o de Buenos Aires, nem visitaria o australiano não fosse o Paulo ter sugerido. Não sou fã de bichos, desculpem, o que é que hei-de dizer? Gosto muito mais de plantas...



Posto este preâmbulo, deixem-me que diga que AMEI o Australia Zoo. Amei, amei. É lindo, cheio de espaço para os bichos, cada animal tem um nome, tem uma história, uma data de nascimento e algum facto interessante sobre ele. As crocodilas defendem as suas crias e têm namorados que as protegem; para cada espécie há informação sobre o seu ciclo de vida, os seus hábitos, tudo de uma forma divertida e clara. Os funcionários são todos não só simpáticos como ultra-competentes. Perguntámos a uma das meninas qual a diferença entre um wallaby e um canguru e ela explicou-nos de-ta-lha-da-men-te, com um grande sorriso, que o primeiro é mais pequeno que o último e que "caminha" mais do que salta.



Também da colecção marsupial vimos os wombats, uns bichos fabulosos. As sestas, como com quase todos os marsupiais, são a melhor e mais importante actividade que desenvolvem nas suas vidas. E levam a sesta bem a sério!

sábado, 25 de abril de 2009

Verdades e mentiras, versão australiana

Depois da animação que foi o Verdades e Mentiras na sua edição clássica, estivemos, o Paulinho e eu, a compilar alegremente nove "coisas chiras" da nossa viagem à Austrália, das quais seis são a mais pura verdade e três são mentirinhas malandras. Aguardamos alegremente os vossos palpites e prepararemos o desmentido com toda a documentação fotográfica disponível. Ora aqui vai:

1. A Milla, uma australiana de Brisbane, arranhou as costas do Paulo quando lhe deu um abraço mais apertado. E isto durante a nossa lua-de-mel!

2. Com o meu conhecido jeito para a graçolita choné, fui convidada para o palco do Melbourne Comedy Festival.

3. Dei um beijo a outro homem durante a nossa lua-de-mel. E o Paulo viu tudo.

4. Depois da tentativa falhada no Rose Garden em Bangkok, há muito, muito tempo, no Australia Zoo consegui finalmente tirar a fotografia com uma grande cobra.

5. Percorremos a Tasmânia de lés a lés em duas rodas e tivemos encontros do décimo quarto grau com wallabies e com os famosos Tassie devils.

6. Surfei as minhas primeiras ondas - e até me pus de pé em cima da prancha! - em Byron Bay.

7. O Paulo fez o seu primeiro mergulho em mar aberto no Great Barrier Reef e viu um bivalve com mais de um metro de comprimento!

8. No fim do nosso passeio de balão de ar quente, depois de uma aterragem falhada, ficámos a pairar poucos metros acima de um cabo de alta tensão.

9. À quarta é que foi de vez: depois de três tentativas frustradas, o Paulinho lá conseguiu atirar-se em queda livre de um avião que funcionava perfeitamente.


Aceitam-se palpites, alvitres e todos os sinónimos que por aí existirem.

(Mães, chegámos bem, não se preocupem!)

25 de Abril, sempre! (II)

Para nós, a expressão 25 de Abril, sempre! ganhou um novo significado. Saímos do hotel em Sydney às 8 da manhã de Sábado, Anzac Day lá, Dia da Liberdade em Portugal. Depois de um check-in ultra-demorado, uma passagem atribulada pela alfândega e uma valente correria até ao portão de embarque, levantámos voo às 11 horas locais. Às 10h45 aterrámos em Buenos Aires, o que faz com que tenhamos chegado antes de termos partido, só que com mais de uma dúzia de horas de voo de permeio. Confuso? Sim, claro, mas foi assim que o Willy Fogg ganhou a aposta dele.

Portanto este dia 25 de Abril vai ter para nós um total de 37 horas, o que reveste o sempre! da expressão de todo um novo significado.

(Aqui para nós, chiiii, que sono...)

25 de Abril, sempre! (I)

Na Austrália, não sei se todos os anos ou se é um feriado móvel, celebra-se hoje o Anzac Day, um dia dedicado aos veteranos da Segunda Guerra Mundial. Foi bom sentir que se comemorava qualquer coisa de especial tão longe de Portugal, numa data que nos é tão querida.

Na sexta, num jantar ainda do outro lado do Pacífico, explicávamos o que se celebrava no dia 25 de Abril, em Portugal. Entre castelhano e inglês (o jantar era com argentinos, chilenos e um australiano) lá me fui lembrando das respectivas palavras para cravo e expliquei como é que esta singela flor se transformou no símbolo da revolução.

Mesmo longe, dá arrepios.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

De partida!



Armada de passaporte, e-visa e mais não sei quantas códigos de coisas electrónicas, aqui vamos nós para a nossa aventura australiana. Longe vão os dias em que os passaportes iam para a embaixada australiana em Paris (como nos aconteceu em 1998) e que os vistos custavam "pra cima de um conto e quinhentos". Agora é tudo um despacho, tudo electrónico, tudo feito através da internet. Viva!

O nosso périplo vai-nos levar a Sydney, Hobart, Melbourne, Cairns, Brisbane e, de novo, Sydney. Quando voltarmos, vamos sair de Sydney e aterrar em Buenos Aires no mesmo dia, à mesma hora, só que com umas quinze horas de intervalo entre um momento e outro. Foi assim que o Willy Fogg ganhou a aposta dele!

Já preparei a leitura e o tricot que vou levar e já registei as moradas de lojas de lãs, de livrarias e também a hora e o local do encontro de tricotadeiros e tricotadeiras em Sydney, ao qual vou tentar não faltar. Já comprei soro fisiológico para irrigar o nariz ressequido da viagem e já separei creme para as mãos, para aguentar o ar enlatado trans-oceânico e quiçá trans-polar. E... aqui vamos nós! Até à volta!