terça-feira, 28 de outubro de 2008

Episódios curiosos

Aviso: este post contém linguagem vulgar.

Não sei por que razão mas ultimamente tenho-me lembrado muito de um episódio anedótico que me aconteceu numa tarde luminosa de Novembro na baixa lisboeta. Lembro-me bem da data porque era o aniversário da minha irmã. Saí da faculdade e desci a colina até à zona das lojas da Rua Augusta, onde acabei por lhe comprar umas calças em padrão xadrez - estavam na moda, nessa altura.

Caminhava com o meu ar habitualmente alheado, a olhar para o magnífico céu azul que costuma coroar a cidade e a controlar vagamente o sinal do semáforo, esperando o bonequito verde para poder atravessar a estrada. Eis senão quando um velhote se chega a mim e me diz (nunca me esqueci das palavras dele):

"Menina, faz-me um broche."

Olhei para o lado e tinha um senhor de cabelo branco, ar bastante lavado e insuspeito e não queria acreditar. Olhei para o outro e vi uma pacata concidadã que encolheu os ombros e revirou os olhos. Veio o verde e atravessei a estrada, tentando deixar a experiência para trás. Só que a experiência não cooperou e acompanhou-me.

"Menina, ninguém tem de saber das nossas vidas, faz-me um broche. Tenho ali um quartinho numa pensão. Faz-me um broche", ia-me dizendo o velhote enquanto me perseguia Baixa fora. Sentia-me vagamente como se tivesse um auscultador de telefone gigante atrás de mim, que amplificava o som de uma chamada para uma linha qualquer de pornografia telefónica paga a peso de ouro. O homem não desistiu facilmente, até que perdi a paciência e lhe gritei qualquer coisa que me saiu no momento de estupefacção. E aí lá se foi embora, provavelmente para tentar a sorte noutro lugar qualquer.

Olhando para trás, o episódio dá-me uma tremenda vontade de rir que não consigo reprimir de cada vez que penso na frase mais repetida por ele. E na proposta da pensão. E do quartinho na pensão. E da descrição do que queria que eu lhe fizesse. Vá, ao menos tentou. Não teve sorte, mas tentou.

(Onde andará hoje?)

Buenos Aires by night (dia 21)

Agora que a temperatura começa a subir, as esplanadas enchem-se de gente. Gostei particularmente da localização oportuna do marco de correio.

sábado, 25 de outubro de 2008

Buenos Aires by night (dia 19)

Montra de uma das lojas predilectas do Paulo, que tem a particularidade de ter agora esta fotografia de calçada portuguesa. O coco que o senhor traz na mão faz-me pensar em Calçadão do Rio. De qualquer forma sabe bem ver estes elementos arquitectónicos tão familiares cá longe, ainda que seja só numa montagem fotográfica.

Buenos Aires by night (dia 18)

Café La Biela, um dos cafés notáveis de Buenos Aires.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Mudou a hora

Mudou, mas que ninguém pense que foi uma coisa pacífica. Em Portugal já estamos habituados a um fim-de-semana em Março em que temos uma hora a menos para dormir, a partir do qual os dias são compridos. Em Outubro, temos um fim-de-semana em que temos mais uma hora para dormir e, a partir dessa data e até Março do ano que vem, os dias são curtinhos.

Cá a mudança da hora foi todo um tema amplamente discutido, com direito a debate televisivo no horário nobre, com especialistas em neurologia e bio-ritmo, já para não falar nos senadores de diferentes províncias, a favor e contra desta mudança da hora. Que não, que não se poupa energia coisa nenhuma. E que sim, que afecta tremendamente o bio-ritmo. E que terrível é só podermos jantar aí pelas onze da noite, já que só vamos para a cama à uma da manhã (alguém explique a estas pessoas que às onze da noite já muitos argentinos jantam hoje em dia e que jantar com luz do dia nunca fez mal a ninguém, veja-se nomeadamente na amostra que é aquela refeição chamada "almoço", realizada com luz diurna, e muitas vezes seguida pelo descanso a que chamam "sesta", muitas vezes sem correr a persiana).

As províncias mais perto dos Andes (salvo Jujuy) não mudaram a hora. Compreendo que o façam e basta que mencionem o simples facto de não fazer sentido que às oito da manhã seja de noite. Mas gente, por favor, discutam menos e façam mais. E ponham a novela; no cômputo final é mais interessante que o neurologista a mostrar a maquete do cérebro e a localização precisa do nosso relógio biológico.

Pequena nota: não vejo a novela. Mas já dá para entender que o debate foi mesmo pertinente.

Descobertas?

Há bocado estava a pentear-me antes de sair de casa e descobri aquilo que pensei ser um cabelo branco. O meu primeiro cabelo branco. Não é todos os dias que se descobre o primeiro cabelo branco e portanto pus-me a explorar a madeixa para tentar isolar o intruso.

Parece que não, que afinal foi falso alarme. Acho que estou a ficar loura.

Buenos Aires by night (dia 17)

Sushi no Irifune. Cuidado com a saliva a pingar!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Buenos Aires by night (dia 16)

Vista de uma das janelas do Centro de Exposiciones José Verdi, na Avenida Almirante Brown, no bairro de La Boca, durante a inauguração da exposição de pintura "Boedo Erótica"

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Buenos Aires by night (dia 15)

Fim-de-semana em Cariló

Os meus pés no Atlântico Sul.

O fim-de-semana passado foi prolongado devido à comemoração do Día de la Raza. Que raça se comemora, ninguém sabe; mas sabe bem comemorar com um dia livre, sobretudo se nos convidam para ir a Cariló, uma terra à beira-mar plantada a uns 400km de Buenos Aires.

Aceitámos com muita alegria o convite que nos foi feito e lá fomos por essas estradas fora, a caminho da costa atlântica.

No Sábado de manhã, enquanto viajávamos, o tempo estava maravilhosamente quente. Pensei com alegria no biquini que tinha posto à última hora dentro da mala. Mas assim que chegámos ao nosso destino, a temperatura começou a baixar e o resto dos dias foram passados dentro de casa, de lareira e aquecimento acesos. Mas nem o mau tempo estragou o propósito principal da viagem: ver o mar. Ver o mar e dormir a sesta, que com estas duas componentes se constrói um fim-de-semana de sonho.

Cariló é um lugar estranho: é como se fosse um condomínio fechado, mas não é nem condomínio, nem fechado. É uma vila com dois acessos, construída num pinhal. Aqui existem regras de construção e de ocupação do terreno e essas regras são respeitadas. A área de construção em cada parcela de terreno está bem definida e o limite da casa não pode chegar à beirinha da propriedade, o que significa que as ruas - não asfaltadas - têm uma aparência mais ampla.

Em Cariló existem zonas de hotéis, de comércio e residenciais bem integradas na paisagem; apesar disso, o centro não deixa de parecer levemente uma disneylândia, versão férias à beira-mar. Mas isso não lhe retira nem um pouco a sensação de descanso e de conforto da casa dos nossos anfitriões, que tão bem nos receberam. A parilla foi amplamente usada e o Paulinho colaborou com o seu novo prato de confecção superior, o risotto de boletos. Mnham.

E, sem saber ler nem escrever, hoje já é quinta-feira. Vivam as semanas de quatro dias!

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Blog Action Day 2008: Pobreza

Este é o meu post para o Blog Action Day 2008.





O tema deste ano é "pobreza". Não é exactamente "luta contra a pobreza"; se fosse, não sei bem o que escreveria, já que tenho a sensação de que todas as coisas que temos feito (de um modo geral e também do ponto de vista particular) não têm surtido grande efeito. A pobreza continua a grassar e, ainda por cima com esta super crise financeira, a aumentar. Não querendo entrar pela temática da crise financeira ao abrigo da minha nova atitude o que é preciso é saudinha, menina, acho que uma das coisas que realmente carece de eficácia é mesmo a luta contra a corrupção. Acho que essa, sim, poderia ajudar bastante a combater a pobreza.

Dada a minha incapacidade-barra-falta-de-vontade de discorrer sobre a luta contra a corrupção, quero apenas contar o que senti ao visitar as minas de Potosí, na Bolívia, momento sobre o qual já aqui escrevi.

Casebres à entrada de uma das minas do complexo de Cerro Rico, em Potosí, na Bolívia.

Cabe aqui explicar, em modo de preâmbulo, que a cooperativa de mineiros abriu a mina ao turismo com o objectivo não só de dar a conhecer o seu trabalho mas também porque as receitas das visitas constituem uma grossa fatia dos seus rendimentos mensais. Para dizer de outra maneira, não foi o turista ou a perversa máquina do turismo que subiram pela montanha acima para ir explorar aquelas pessoas, mas sim uma situação de que ambas as partes beneficiam.

Acho que já todos contactámos com a pobreza, de forma mais ou menos próxima ou mais ou menos permanente. Mas nesta visita às minas contactei com talvez o seu pior aspecto: a total e absoluta falta de perspectivas de melhoria. Esta ausência de perspectivas é tão imensa e tão presente que me pergunto se aquelas pessoas imaginam sequer ser possível existir outras realidades. Admito que sou ingénua e que gosto de o ser. Não acho que aquelas pessoas sejam estúpidas, pelo contrário. Acho apenas que, pura e simplesmente, não sabem nem conseguem imaginar outra vida que não aquela, e isso é que é especialmente aterrador.

Foi nas crianças que mais notei a crueldade desta premissa: aos sete ou oito anos já têm uma camada de caliça incrustada na pele, que, juntamente com a sujidade, lhes forma uma espessa crosta e uma maior carapaça. Têm uma visão cínica da vida, do futuro e muita dessa acidez é canalizada para os turistas que os visitam. Fomos recebidos por meninos sem idade a mandarem-nos pedras com uma fisga, algo que, dado o contexto, equivale vagamente a cuspir na sopa. Mas ao aproximar-nos da entrada da mina percebemos melhor o que o futuro lhes reservou: tabaco, álcool e folhas de coca, uma mistura boa para os deixar atordoados e conformados com a vida. Para eles existe um buraco escuro cheio de pó, dinamite, arsénico e outras coisas que tais, que lhes garantem uma vida curta e um obstrução pulmonar crónica.

Foram estes miúdos sem caras, sem expressões e sem olhar que me fizeram tremer e desejar ardentemente chegar à cidade seguinte no nosso percurso, a cidade universitária de Sucre.

E cada vez mais penso: é certo que pobreza é não ter acesso a alimento e a água potável. Mas é sobretudo a falta de sonhos, de perspectivas de uma vida melhor e de acesso à educação. A pobreza está em todo o lado.

Buenos Aires by night (dia 14)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

A devida homenagem

Na sexta-feira passada pudemos finalmente visitar a nossa amiga S., internada no hospital há um mês e meio com um diagnóstico, no mínimo, complicado. Não pensem, contudo, que foi uma ocasião triste, nem mesmo solene ou da circunspecção típica destas ocasiões. Foi - salvaguardadas as respectivas diferenças - como ir beber um café com uma boa amiga.

Não, não creio que ela esteja em negação; penso apenas que tem um espírito optimista e muito lutador. E, honra lhe seja feita, mesmo doente e com a cabeça cheia de peladas, continua a ser o máximo! Para além de bonita, tem um bom humor e não pára de contar piadas com a pinta de quem não entende porque é que tem tanta graça, mas tem.

Por achar que a futilidade e a superficialidade são sinais de muita força em momentos de adversidade, deixo aqui apenas um pequeno apontamento da conduta da S. E que fique bem claro que eu, em situações absolutamente normais, não tenho paciência para fazer (nem uma fracção de) o mesmo.

Ora a história é a seguinte: telefona-lhe o médico que lhe tinha feito a consulta domiciliária urgente com os resultados das análises, aí coisa da uma da manhã, e diz-lhe que se interne naquele momento. Nem no dia seguinte, nem daí a umas horas, mas sim imediatamente. Pois ela, mulher que é, cheia de espírito que é, foi preparar-se para o momento: tomou duche, aplicou banho de creme no cabelo, secou e alisou o cabelo, pintou as unhas dos pés e das mãos e depois foi acordar a mãe para a avisar que tinha de ir para o hospital.

Quem se cuida assim não é gago. Ou lá o que quer que seja que se aplique ao caso.

Que te mejores rápido, querida S. Te queremos y te esperamos para brindar con vos y con nuestro vino de Porto, como combinamos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A prova provada de que realmente sou maledicente e malvada


Ora aqui está a prova de que certa pessoa cujo nome não vou mencionar (mas a cujo corpo pertence a mão que vêem acima) me está a ajudar a fazer o puzzle. Sim, todas as minhas queixas eram infundadas (ou será que serviram de motivação para o esforço?) e, como tal, estou publicamente a retractar-me de todas as acusações perfeitamente infundadas que aqui fiz. (Para ler as acusações, que não são mais do que as habituais palermices que costumo dizer nesta chafarica, clicar aqui e aqui.)

Ora, posto isto, deixem-me guiar o vosso olhar para o facto de os dois anéis que servem para a representação do globo estarem já concluídos, bem como de quase todas as áreas à volta. Resta-nos o oceano e temos até um pequeno concurso entre nós para quem encontrar Portugal.

Espero, espero, espero ser eu a encontrá-la. Seria triste, irónico, indecente, incrivelmente triste, irónico e indecente, diria até totalmente triste, irónico e indecente que outra pessoa que não eu, qualquer outra pessoa entre os dois que aqui vivemos, encontrasse a peça do nosso (querido, saudoso e distante) Portugal, tendo em conta que eu me dedico a pescar, organizar e juntar pecinhas enquanto alguém faz o Benfica ganhar todos os campeonatos na playstation. 3000 pecinhas, não sei se já disse (mas nunca é demais repetir).

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Dave Matthews Band ao vivo, em Buenos Aires

Essa mancha desfocada que se vê no ecrã gigante é o próprio Dave Matthews, a cantar (e encantar) de corpo e alma.


Na sexta-feira senti-me a voltar aos meus anos de Universidade e fui a um festival de música, daqueles com revista das mochilas à entrada e casas de banho de plástico. Lama, esse componente tão importante dos festivais de música, é que faltava: a organização instalou uns módulos plásticos no chão que estavam húmidos, sim, mas não deixavam que puséssemos o pé no lodaçal que estava por baixo.

Ou não havia muita gente (opinião do Paulo) ou então a organização foi mesmo muito boa porque não demorámos tempo nenhum a entrar, a encontrar o palco e a colocarmo-nos a jeito para o concerto da Dave Matthews Band (doravante designada por DMB).

Quando comecei a ouvir e a gostar de DMB acho que ninguém à minha volta a conhecia, portanto tinha zero hipóteses de trocar galhardetes com quem fosse mais entendido do que eu. E também não havia a internet acessível como há hoje. Nesses idos de fins de noventa, conheci apenas uma amiga da minha irmã que tinha, gostava e trocava CD´s comigo para ouvirmos outros álbuns. E pronto, assim se foi cimentando o meu gosto pela música deles.

Vai daí, em 2007 decidem ir a Portugal, precisamente um mês depois de eu me mudar para a Argentina. Danados. E eu triste, só e abandonada, como os gelados, a pensar que a vida de uma fã é irónica e tal.

Eis senão quando vejo um cartaz do festival Pepsi Music cá em Buenos Aires com... DMB! Arrastei o Paulo e lá fomos.

Houve alguns percalços mas, resumindo, o concerto foi muito bom. Não conheço as últimas músicas deles (não compro música pela internet - pelo menos ainda - e cá não encontrei o CD novo) mas vibrei à mesma com elas. A presença deles em palco é, no mínimo, electrizante, energizante, vitalizante. O baterista teve do princípio ao fim do concerto um enorme sorriso na cara, coisa que pudemos apreciar nos ecrãs gigantes (onde o sorriso ganhava novas proporções gigantescas). Apesar de o saxofonista da banda ter morrido há pouco mais de um mês, têm com eles outra pessoa cuja exibição nada deixou a desejar e que encantou o público. O próprio Dave Matthews, vocalista e guitarrista, deu corpo e alma na actuação. Enfim, foi um espectáculo de som e cor que me deixou com um sorriso na cara, a mim e a toda a gente que ali estava. Realmente impressionante.

O aspecto negativo da coisa... bem, é um aspecto afectivo. Gostaria de ter assistido a este concerto em Portugal para o ouvir a dizer "boa noite" e "obrigado" em português. E também posso dizer que o público argentino é bom, mas acho que não se comparam com a energia que sai do público luso. (Esta é uma afirmação completamente idónea e sem a mais pálida sombra de preconceito por eu ser... enfim, por eu ser portuguesa.)

Viva DMB! Que concerto espectacular! (eu achei, o Paulo menos, mas também estava com déficit de sono e era sexta-feira, um dia chato para animação ao serão)

Come and relaaaax my heaaaaaart
put your troooooubleeees down...
You don´t need to bear the weight of your worries
Let them all fall away...

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Buenos Aires by night (dia 13)


Esta é a montra de uma loja chamada "Tramando". Esforçando-me para não cair trocadilhos, uma das suas duas montras é sempre um espaço onde existem instalações feitas por artistas plásticos vários. As montras são sempre bonitas (digo eu, não sei, ideias minhas!) e diferentes. Sempre que passo por lá, penso "que será que estão tramando hoje...?".

Pois. Não resisti.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Buenos Aires by night (dia 12)


Esta é uma montra de uma loja de tintas para a construção civil. Na noite em que a fotografei estava a decorrer a "noite das galerias de arte" e havia um determinado circuito onde as galerias tiveram as portas abertas fora do horário normal de expediente. Esta loja, perto das galerias, apesar de estar fechada, parecia fazer parte do circuito: as paletas pareciam fruto de intervenções artísticas. Seriam?

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Buenos Aires multi-cultural

Buenos Aires é uma grande cidade e é uma cidade imigrantes. É certo que as grandes ondas de imigração têm vindo a mudar conforme o contexto internacional, mas a verdade é que o resultado de toda essa imigração é uma cidade multi-cultural onde se celebram festas cristãs, judaicas, muçulmanas e também locais (nas tradições mistas do culto à Pachamama, muito mescladas com os ritos católicos).

Ontem foi o Ano Novo Judeu. Qual, não faço ideia, realmente não estou dentro do assunto. Hoje, vi o seguinte cartaz na rua, a celebrar o Ramadão:



Lisboa não tem o tamanho de Buenos Aires, mas talvez a variedade de tradições já requeira uma abertura maior que aquela que há (pelo menos, que havia quando me vim embora) e que praticamente se restringe às celebrações cristãs ortodoxas. É um bom começo, mas é preciso fazer mais.

Buenos Aires by night (dia 11)


Um dos grandes problemas de Buenos Aires é a recolha e tratamento do lixo, que, ao fim do dia, se acumula em milhares de sacos bem gordos. Antes da chegada da brigada de limpeza urbana, passam os cartoneros, que abrem cada saco e respigam papel, cartão e plásticos "limpos". Ou seja, entre a passagem de uns e outros, o panorama é dantesco.

Buenos Aires by night (dia 10)


Esta imagem é dedicada à Bau, que nos idos de 90 já ficou no Hotel Waldorf. (Agora é mais Hostal Rodríguez Peña.) Curiosamente o Irifune fica mesmo ao lado do Waldorf. O mundo é muito pequeno...

Buenos Aires by night (dia 9)