quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A zine de Janeiro está aí

We're in Panama, issue 32

Ei-la, a zine de Janeiro! Desta feita, uma amostra ilustrada dos posts viajantes que aqui hão-de chegar em momento oportuno. A zine fala da nossa viagem a terras do norte, onde passámos um Natal e um ano novo cheio de fresquete, roupa tricotada à mão e chazinho à beira da lareira. A não perder!

Para quem tiver vontade, aqui está o link para assinarem a minha newsletter. Assinem, assinem, prometo não bombardear caixas de correio: sai uma por mês; de vez em quando sai outra, a meio do mês, com os bastidores de um projecto em curso - diz quem assina que gosta muito de ler.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Yosemite National Park, Califórnia

Yosemite National Park

Yosemite National Park

Yosemite National Park

O parque nacional de Yosemite é simplesmente maravilhoso. Localiza-se na cordilheira da Serra Nevada, que faz uma fronteira natural entre os estados contíguos da Califórnia e do Nevada. De Napa até Fish Camp, perto da entrada sul do parque, demorámos cerca de cinco horas. As distâncias no continente americano são sempre surpreendentemente grandes.

Ficámos instalados no Tenaya Lodge, um grande hotel de montanha, habituado a receber os visitantes que já não têm vontade de acampar ou não conseguiram reserva para o alojamento que se localiza em Yosemite Village. Apesar do tamanho, fomos exemplarmente recebidos e comemos sempre divinalmente no seu restaurante. Para além da comida deliciosa, há que falar também do serviço de mesa: que simpatia!

Ficámos três noites e dois dias completos no parque, o que foi suficiente. Ainda assim, quem tiver mais dias para lá passar vai sempre encontrar actividades para fazer e trilhos novos que descobrir. Todas as estações do ano têm os seus encantos e o Outono, especificamente, é lindo pelas cores das árvores de folha caduca, que mudam de cor. Tinham-nos prevenido que veríamos pouco caudal nas quedas de água, mas não ficámos desiludidos. Imagino que com o degelo sejam incrivelmente assustadoras e belas, mas com pouca água dão-se bem à fotogenia.

Yosemite National Park

No primeiro dia de visita entrámos no parque ($20 dólares por carro, válido por sete dias) e fomos em direcção ao centro nevrálgico, a aldeia de Yosemite Village. No caminho, logo a seguir ao túnel, parámos para uma vista panorâmica, na qual se distingue muito bem o traçado do antigo glaciar.

Yosemite National Park

Alguns quilómetros à frente, estacionámos o carro e fizemos um pequeno trilho para ir ver a Bridalveil Fall, que cai de lá de cima, do cimo das paredes a pique, até cá abaixo, a base do vale.

Yosemite National Park

Continuámos o passeio até ao parque de estacionamento da vila, que é servida por um conjunto de autocarros gratuitos. Deixámos o carro e seguimos para o acesso ao Mist Trail, um trilho que leva a várias quedas de água, piscinas, e até ao famoso Half Dome, um maciço de granito com uma forma peculiar que é o ex-libris do parque (e inspiração para a identidade da North Face).

Half Dome, Yosemite National Park

Este trilho tem a sua primeira porção acessível a cadeiras de rodas e carrinhos de bebés. Chega até à primeira queda de água, muito pitoresca, com árvores, esquilos e outros habitantes. A partir daí, começa a subida íngreme para chegar até Vernal Fall, uma queda de água alimentada por um riacho que se acumula numa piscina natural, uns quantos "andares" acima. O trilho é lindo e oferece, quase todo o tempo, uma vista linda sobre a cascata. À medida que se avança, o ponto de vista vai sendo diferente, até que, quando já não esperamos nada de novo, chegamos ao topo e... tudo é diferente, e lindo. Ver a cascata de cima e a piscina natural que se estende, placidamente, sem desconfiar que daí a poucos metros o seu curso será abruptamente interrompido, oferece uma sensação de recompensa por todo o esforço.

Yosemite National Park

Vernal Fall, Yosemite National Park

Yosemite National Park

No caminho vimos crianças pequenas, crianças de colo, adultos mais ou menos jovens, velhos muito jovens e toda a gente se encorajava e desejava boa sorte, que já faltava pouco e que iria valer a pena. E assim foi, valeu bem a pena.

Yosemite National Park

O regresso foi feito com os músculos já a começar a doer, mas felizes por termos a vista e a alma lavadas pela altura, pela sensação de missão cumprida, pelas vistas maravilhosas.

Quando chegámos à vila, procurámos almoço e ainda demos alguns passeios.

Yosemite National Park

Yosemite National Park

Yosemite National Park

Em todo o lado há instruções sobre como lidar com ursos, caso exista um encontro do terceiro grau. Não sendo especialmente agressivos, os ursos cheiram a comida e querem partilhar a merenda com os humanos, o que é mau em mais que um aspecto. Por um lado, há a tal possibilidade de um encontro um pouco mais próximo (e sangrento); por outro, a fome saciada pela comida humana provoca-lhes distúrbios gastro-alimentares (por que será?), rompe a cadeia alimentar e perturba o equilíbrio ecológico.

Enfim, vimos anúncios por todas as partes mas ursos, nada. Nas estradas, os sinais de trânsito mandavam os carros reduzir a velocidade, porque, lá está, a velocidade mata... ursos.

Íamos nós estrada fora, de regresso ao hotel, quando ao virar de uma curva vemos uma coisa castanha, a mexer-se, lá à frente, no meio da estrada. O meu fantástico condutor privado reduziu imediatamente a velocidade e ficámos a ver o que seria. Foram instantes que pareceram minutos, horas, até que entendi que era um urso. Um urso, um urso, é um urso!, e nada de acordar para a vida e tirar-lhe uma fotografia! Quando consegui, foi este o resultado:

I saw you!
(Eis o alçado posterior de um urso juvenil de Yosemite Park.)

Foi numa excitação total que continuámos o caminho e voltámos ao hotel. Um urso! Ao vivo! Sem ser em desenhos animados! E sem perigo! Já entendem porque é que Yosemite nos ficou guardado no coração... e porque é que este urso fugidio foi assunto tão discutido na zine de Novembro.

Mariposa Grove, Yosemite National Park

Mariposa Grove, Yosemite National Park

Mariposa Grove, Yosemite National Park

No dia seguinte, o passeio começou em Mariposa Grove, um bosque de sequóias gigantes muito próximo da entrada sul do parque, onde estávamos localizados. Tivemos a bênção de ser agraciados com dois dias de tempo maravilhoso, e a verdade é que as cascas vermelhas destas árvores gigantes ficam mesmo, mesmo ouro sobre azul, quase literalmente.

Cada árvore é um espanto pela escala, pela idade, pela textura, pela fragilidade das raízes, pela incerteza do seu ciclo reprodutor. Para que possam nascer pequenas sequóias bebés, é necessário que haja um incêndio que queime as espécies menos resistentes ao fogo e se abram clareiras. O calor e a secura do fogo abrem as pequenas pinhas, que aí conseguem fazer espalhar a semente no chão. Depois, a sequóia bebé ainda precisa que a luz lhe chegue onde ela está, que é ao nível do chão. E isso é quase impossível quando há mais verdura por perto. Por todas estas razões, e porque as sequóias gigantes deste bosque têm mais de mil anos (algumas três mil), este é um sítio lindo, especial, mágico, onde passámos praticamente todo o dia a fazer todos os trilhos existentes. Cruzámo-nos com humanos e com bichos, nomeadamente este grupo de veados, que almoçava tranquilamente, sem se preocupar com os disparos das câmaras:

Mariposa Grove, Yosemite National Park

Ao fim do dia, e com uma barrigada de imensidão arbórea, fomos ainda visitar Glacier Point, de onde se tem uma vista maravilhosa sobre todo o vale.

Yosemite National Park

Glacier Point, Yosemite National Park

E assim terminaram estes maravilhosos dias de férias, com uma nova cidade favorita nos Estados Unidos (São Francisco) e com uma paixão pela Califórnia.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Muir Woods e Napa, Califórnia

Saindo de São Francisco pela Golden Gate, o parque natural que é monumento nacional de Muir Woods fica a uma curta distância (de carro) e é fantasticamente imperdível. Fizemos o caminho passando pela marginal de Sausalito, uma vila à beira da baía, e depois virámos para o interior da península, serpenteando pela estrada até chegar à entrada deste bosque encantado.

Muir Woods, Marin County, California

Muir Woods, Marin County, California

Muir Woods, Marin County, California

O parque localiza-se num pequeno vale encaixado, onde é pouca a luz natural, filtrada pelas copas altíssimas. No meio, corre um ribeiro com o seu cantar. No ar ouvem-se os pássaros, que comunicam entre si, e os gritos dos esquilos. Ao visitante pede-se silêncio; afinal, para ouvir humanos já nos chegam as cidades.

Muir Woods, Marin County, California

O monumento, apesar de relativamente pequeno em área, tem um grande número de exemplares de sequóias (Sequoia sempervirens) e está muito bem preparado para visitantes de todo o tipo. Tem passeios mais rápidos para os apressados, mais longos para quem tem mais tempo. Tem passadeiras de madeira onde podem circular cadeiras de rodas e carrinhos de bebés e trilhos de areia pela encosta acima. Lá dentro, as placas informativas dão explicações sobre tudo o que tem que ver com o ecossistema, desde as famílias de sequóias, a idade delas, a história do lugar. Explica também a importância dos fogos naturais periódicos, que, ao incinerar as árvores mais pequenas e menos resistentes ao fogo, abrem espaço para que a luz diurna chegue ao solo e permita que as sementes de sequóia germinem.

Muir Woods, Marin County, California

De Muir Woods seguimos para Napa, onde éramos esperados para o almoço. Plano da tarde: provas de vinhos.

Wine tasting chez-Coppola Family

O tempo pôs-se cinzento e frio, bem outonal, muito apropriado ao calor que o vinho proporciona. Foi uma tarde óptima, que terminou com as celebrações de Haloween à americana: crianças a pedir trick or treat e nós a dançar num bar com um balde na cabeça, à guisa de disfarce. Adorei poder observar, de dentro do meu balde, as máscaras das outras pessoas.

(Aqui que ninguém nos ouve, delirei quando me pediram a identificação. Querem ter a certeza que eu tenho mais de 21 anos, e quem sou eu para dizer que não? Agradeço sempre o elogio!)

No dia seguinte, uma manhã luminosa e fresca, tomámos o pequeno-almoço na Bouchon Bakery, em Yountville. O pain au chocolat, o meu standard de apreciação (conhecem o índice Big Mac? É algo assim, mas em relação à qualidade do lugar), não desapontou. A única coisa, e lá volto eu à minha queixa habitual, é a mania de servir tudo em loiça descartável...

E depois do magnífico pequeno-almoço despedimo-nos dos nossos queridos anfitriões e seguimos viagem para Yosemite National Park.

Mais fotos aqui.

Almofada do Hugo

Almofada do Hugo

Almofada do Hugo

Almofada do Hugo

O Hugo é um bebé fofo que existe na minha vida panamenha e que fez precisamente um ano em Dezembro passado. Pensei e pensei que lhe iria fazer como presente e cheguei a esta conclusão, uma almofada.

Quem acompanhou o meu desafio de Setembro passado é capaz de reconhecer o padrão dos carros, inspirado num dos muitos engarrafamentos monumentais que aqui acontecem - e que me apanhou dentro de um carro, a tentar circular pela cidade.

Como só tinha uma amostra do tecido, fiz-lhe uma moldura com um amarelo torrado e uma parte de trás em laranja bem saturado, onde bordei em fio de algodão azul escuro o nome do aniversariante.

Contou-me a mãe dele que o presente foi apreciado - e usado!

(tia, ainda que honorária, feliz)

Para quem quiser, o tecido está à venda aqui.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Desafio Literário: por mim, tudo bem


Vindo ali das bandas do Cozinhar sem lactose, veio este desafio literário, que abraço com todo o gosto. Reza assim:

• Citar o nome e o link da pessoa que nos ofereceu o selo
• Indicar no mínimo dois livros que gostámos de ler em 2012
• Indicar no mínimo dois livros que queremos ler em 2013
• Oferecer este selo a 10 pessoas


Em 2012 gostei muito de ler vários livros, entre eles Just Kids, de Patti Smith; O teu rosto será o último, de João Ricardo Pedro; A Relíquia, de Eça de Queirós; State of Wonder, de Ann Patchett; The Book Thief, de Markus Zusak e The Dovekeepers, de Alice Hoffman. Estes foram os meus favoritos, por uma razão ou outra.

Em 2013, em primeiro lugar, espero ler mais em português, não traduções, mas originais. Para além disso, tenho na lista The Marriage Plot, de Jeffrey Eugenides (autor do Middlesex, que devorei), A Thousand Splendid Suns, de Khaled Hosseini (li com paixão o seu título anterior, Kite Runner), The Best American Science and Nature Writing, coordenado por Dan Ariely (em 2011 descobri que adoro ler não-ficção, e incrivelmente adoro ler sobre ciência. Quem diria.) e também estou muito curiosa para ler Shantaram, de Gregory David Roberts.

Se estranharem querer ler mais em português e só verem aqui títulos em inglês, as razões são simples: aqui no Panamá não encontro livros em português; o que encontro em espanhol é pouco variado e particularmente caro; e é muito mais acessível comprar livros usados (em óptimo estado) nos Estados Unidos e trazê-los para cá.

Agora, em vez de dez pessoas, chamo quatro, a quem ofereço o selo e convido a participar no jogo:

Dicforte
Correio Azul
Ahimsa
Kafka na Praia

Boas leituras!

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Última tarde em São Francisco

Depois da visita a Alcatraz, e com a chegada a terra, o nevoeiro levantou e o sol brilhou contra o céu azul, aquele azul que se vê em algumas latitudes, profundo, sem fim. Da doca, fizemos uma caminhada até à paragem do famoso cable car, um carro eléctrico movido a cabos e contrapeso, tal como os ascensores que temos em Lisboa.

Riding the famous San Francisco Cable Car

Geary St, Grant Ave.

Em Union Square saímos e daí fomos ao Britex, uma loja cara, mas linda e com muita variedade de tecidos e materiais de costura. Lá comprei um recheio para uma colcha em algodão puro, que carreguei o resto do dia ao ombro.

Contemporary Jewish Museum, San Francisco

Contemporary Jewish Museum, San Francisco

De lá continuámos em direcção até ao MoMA de São Francisco, aproveitando para passear pela zona. Passámos pelo exterior do Contemporary Jewish Museum, com a sua pegada arquitectónica extremamente invulgar, e almoçámos na cafetaria do museu. Apesar de ser necessário passar pela segurança, quase como se de um aeroporto se tratasse, a comida é deliciosa e tem pratos quentes e frios, todos servidos no inevitável prato descartável, com talheres descartáveis, mas compostáveis.

(Abro aqui um parêntesis para fazer a minha pequena reclamação: que mania é esta de comer tudo em prato e talher de plástico? Acaso dá assim tanto trabalho - ou implica tanto investimento - ter loiça verdadeira e talher de metal, lavável e reutilizável? Quem me explica? Fecho parêntesis.)

Inside the SF MoMA

Depois de almoço, seguimos para o MoMA. Não sei se tivemos azar na época da visita, se costuma ser assim, mas pareceu-me menos interessante que o seu primo nova-iorquino. Talvez tivesse as expectativas demasiado altas.

Quando saímos, o tempo voltou a encobrir-se e com as nuvens veio o frio penetrante, cheio de humidade e de nevoeiro. Iniciámos uma longa caminhada pela Mission St. desde o Museu até ao número 2889, onde se localiza uma taquería que nos foi muito recomendada, e por pessoas diferentes. Chama-se precisamente La Taquería e é simples e prático, mas a comida é deliciosa. Fora do México, foi o lugar onde comi os tacos mais deliciosos. Faz jus a todos os elogios que tem recebido e foi onde vi, pela primeira vez, a opção "no beans" (sem feijão) custar dinheiro.

Long walk on Mission St.

Long walk on Mission St.

Piñatas on Mission St.

Tacos at La Taquería, 2889 Mission St, SF

Quando de lá saímos, apanhámos um autocarro que nos aproximou do centro. Passámos pelo City Hall e vimos que estava decorado a preceito para, no dia seguinte, celebrar os San Francisco Giants, a equipa de baseball que ganhou o tal campeonato chamado de "World" Series, com a palavra world entre aspas.

SF City Hall

A noite não acabou ali. Tínhamos feito reserva e recebido, na volta do correio (electrónico), a palavra de passe para aceder a um speakeasy, outrora lugar clandestino de venda e consumo de bebidas alcoólicas, hoje só anónimo. Lá dentro, depois de mostrada a identificação, abriu-se-nos um mundo de cocktails deliciosos, feitos à mão pelo barman. Escondiam-se portas atrás de estantes e a casa de banho, de luz acesa, tinha menos luminosidade que uma noite de lua nova, o que contribuiu para o fantástico sabor das libações que pedimos.

Daí, voltámos felizes e cambaleantes até ao quarto de hotel, onde dormimos uma noite santa sem ouvir sequer um festejo pelos Giants lá fora.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Colóquio "As Cumplicidades do Bairro"

As Cumplicidades do Bairro

Queria aqui partilhar convosco o colóquio que a minha amiga F. está a organizar. Chama-se "As Cumplicidades do Bairro" e terá lugar no dia 22 de Janeiro, no Departamento de Arquitectura da UAL, em Lisboa.

O cartaz, ilustração e design, foi feito por mim.

Para informações e inscrições, é este o mail.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Alcatraz

A visita a Alcatraz foi-nos muito recomendada, apesar de à partida parecer um programa um pouco sombrio. Comprámos os bilhetes online alguns dias antes (no Verão, os bilhetes devem ser comprados semanas antes) e nessa terça-feira, bem pela fresca, lá estávamos nós no cais.

São Francisco estava vestida a preceito para uma ida à prisão de segurança máxima mais famosa do país. O nevoeiro estava denso e baixo e o vento fazia a temperatura baixar uns quantos graus. A viagem de barco até à ilha demora cerca de vinte minutos. Dentro da zona do Parque Natural da Golden Gate, Alcatraz é uma área protegida e hoje serve de lar a muitas espécies da flora e da fauna endémicas.

Alcatraz

Alcatraz

Alcatraz

A história da ilha, como não podia deixar de ser, não é pacífica. Considerada pelos americanos originais como terreno sagrado, foi usurpada pelo governo e foi lá instalada primeiro uma fortaleza militar e, mais tarde, usada como prisão de máxima segurança. Esta foi a função que desempenhou entre 1934 e 1963 (se o artigo da Wikipédia não me engana). A prisão foi desocupada devido aos altos custos de manutenção, já que trazer mantimentos, água e luz não só para os reclusos como para todos os guardas prisionais e respectivas famílias, era mais caro que ter toda a gente hospedada num hotel de luxo.

Alcatraz

Alcatraz

A visita à ilha é feita com a ajuda de um áudio-guia incluído no preço da viagem. Em várias línguas, o texto é narrado de forma muito ilustrativa, com excertos dramatizados, e não é difícil imaginar a sensação de isolamento que os reclusos deveriam ter. Ao longe, por entre o nevoeiro, via-se a cidade de São Francisco, e quando o vento estava a favor podiam ouvir-se os ruídos da cidade, a música e até conversas.

Alcatraz

Alcatraz
Gostei de ver os hobbies dos reclusos.

A visita faz-se em duas horas, mais coisa menos coisa, conforme o ritmo do visitante. E vale mesmo a pena.

Alcatraz

Alcatraz

Alcatraz

Alcatraz

Mais fotos aqui.