Dizem que Contadora é o local mais atlântico do Panamá, e eu não discordo: água fria e azul escura, com as suas ondas, assim a fazer lembrar o nosso mar.
Talvez por isso tenha gostado tanto de Contadora: é uma ilha minúscula pertencente ao arquipélago de Las Perlas que antigamente era a colónia balnear da classe alta. Por essa razão, as casas em Contadora são lindas e estão bem cuidadas, as vistas são maravilhosas e é tudo bastante caro.
A viagem pode ser feita de
barco ou de avião. O barco, a nossa opção, demora um pouco menos de duas horas e é feita num catamaran a motor que leva umas sessenta pessoas. A saída é feita com vista privilegiada para a Ponte das Américas, os barcos que entram e saem do canal e, depois, para toda a Cidade.
A chegada a Contadora é muito menos sofisticada: chegamos à praia de Punta Galeón e uns botes pequeninos fazem o transporte até à areia. A partir daí, bastam poucos minutos para percorrer toda a ilha, num carrinho de golfe ou em bicicleta.
As duas praias favoritas são a Ejecutiva e a da Villa Romántica, um hotel piroso mas bem localizado e que disponibiliza instalações sanitárias, bar e restaurante. Ficámos alojados na
Casa del Sol, que dispõe de quartos e também de uma casa totalmente equipada, no centro da ilha.
Uma alternativa às praias de Contadora é negociar com um dos barqueiros uma volta a outras ilhas do arquipélago, programa que não fizemos. Preferimos ficar naquela praia a vegetar e a desfrutar da água "fria" que a corrente de Humboldt trouxera. A verdade é que me senti quase, quase, quase no Atlântico (não-caribenho).
O jantar foi feito no
Gerald´s, um restaurante (e alojamento) de um senhor alemão onde se come muito, muito bem. O grupo argentino com quem fomos falou largamente da nossa apetência por sopas: na verdade, para nós a sopa é um passo da refeição, mas na Argentina isso é luta que só a Mafalda trava. No final, contudo, todos se deliciaram com a excelente sopa de marisco, sopeiros e não-sopeiros!
No dia seguinte, o regresso à Cidade teve alguns percalços: para além da muita ondulação que o barco atravessa - será coisa de marés? - tivemos o azar de ter a companhia de um bêbedo, que não só moeu o juízo de todos como particular e muito especificamente azucrinou a mulher, que a páginas tantas fingiu adormecer. Ele lá se cansou de falar para o ar e foi para o convés, beber mais um bocadinho e incomodar outra freguesia. Como uma hora e quarenta e cinco pode parecer sete!...
Apesar de tudo, Contadora, tal como
Boquete, ficou na lista dos lugares a repetir no Panamá, provavelmente quando recebermos visitas. Quem sabe coincide com a altura da avistagem de baleias (entre Julho e Outubro)? Ficamos à espera.
2 comentários:
Avistagem de baleias?
Estou interessada!
Bjs
M
Obrigada por mais uma viagem virtual. E assim vou ficando cosmopolita à distância :-).
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