quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Aprender por correspondência

Há uns meses atrás tive a sorte e o privilégio de ser escolhida como "cobaia" para um e-curso, chamado Media Moxie, que versava sobre como contactar a imprensa, dado por uma Relações Públicas exclusivamente dedicada a negócios independentes (olá abbrigate*).

Brigitte Lyons, a nossa fantástica professora, explicou-nos como eram as redacções, tanto da imprensa escrita como da rádio e da televisão. Depois levou-nos, passo a passo, até à escrita do pitch, o e-mail que é enviado ao repórter responsável pela secção na qual queremos que o nosso produto figure. Quando chegámos ao fim do curso, escrever esse texto foi, realmente, a coisa mais simples.

Cheguei então à conclusão que o método se aplica a muitas outras coisas, como por exemplo, e dentro da minha actividade profissional, a contactar potenciais clientes. Desde então que leio com atenção a newsletter que envia, e confesso que já senti que estava a escrever exclusivamente para mim e para um problema que estava a ter naquele momento (sim, ela é fantástica; e não, os meus problemas não são originais).

Esta semana, Brigitte Lyons organizou uma conversa telefónica com uma outra figura importante do mundo da motivação e negócios no feminino, de seu nome Tara Sophia Mohr. O tema da conversa era como recuperar a "voz". Brigitte convidou os assinantes da sua newsletter a assistir, através de conferência telefónica. E eu assisti.

Aqui neste computador éramos duas (olá C!). Ouvimos atentamente e tirámos  notas. No final, apesar do pouco tempo para trocar impressões, notámos que  o bichinho ficou.

Todos sabemos que existe um fosso gigantesco entre o empreendedorismo norte-americano e o seu congénere português: enquanto que no lado americano se acredita genuinamente que cada indivíduo tem um talento especial e único, na cultura empresarial portuguesa isso não acontece.

Muito interessante na conversa foi como Tara Sophia Mohr partilhou o processo para voltar a escrever, depois de um longo hiato de sete anos. Conta ela que acredita terem sido a educação e o peso da academia os responsáveis por essa paralisação; conta também que só quando percebeu que não devia escrever para os outros, mas sim para si própria, que descobriu o seu potencial - e, paradoxalmente, a forma de ajudar os outros. Interessante, não é?

(Editado para adicionar o link para a gravação da conferência.)

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito interessante mesmo!
O que tu descobres (e agora refiro-me à capacidade boa de usar a tecnologia ao nosso dispor).
Bjs
M

Billy disse...

Nestas coisas, os americanos estão muito à frente. Temos de aprender com eles... (noutras estão muitíssimo atrás!)