sexta-feira, 17 de julho de 2009

Um país sério?, ou continuação do post anterior

Noutro dia telefonaram-me para fazer um estudo de mercado. A temática era a situação actual da Argentina, nos campos económico, político e social. Esfreguei as mãos de contente por ter finalmente a opção de manifestar a minha opinião sem ser olhada de lado como sendo "a europeia que vem para aqui comentar o que não sabe".

A páginas tantas, perguntam-me quem é que eu acho que toma realmente as decisões nacionais: se Cristina Kirchner (a presidente), se Néstor Kirchner (o marido da presidente e ex-presidente), se os dois em conjunto.

Aqui tive de fazer uma pausa para pensar na minha resposta e a verdade é que não sei. Disse que não sabia quem seria. E isto parece-me muito grave: quando não se sabe quem realmente é o presidente de um país, ou melhor, quando não se sabe se a presidente (democraticamente eleita? a dúvida persiste) é que exerce de facto o poder, então as coisas não estão nada bem.

3 comentários:

Ahimsa disse...

Realmente!

Isso dever ser o equivalente a perguntar a um italiano quem governa o país: o Berlusconi ou a Mafia? Ou os dois em óbvio e indiscretíssimo conluio?

Menos mal, que te fizeste ouvir.
:-) Depois dizem-te o resultado da sondagem? Sempre seria interessante saber se a tua dúvida era universal. Se for, então é uma verdade absoluta, de acordo com as mais distorcidas filosofias cartesianas.

Namaste!

Anónimo disse...

Depende, Ana, quando a Cristina está de TPM, o marido não abre o bico...

Billy disse...

Ahimsa, não creio que me digam o resultado... E desconfio que o Descartes era um visionário!

Anónimo, tenho para mim que deves ter razão!