quarta-feira, 16 de junho de 2010

Bailoterapia

Decidi começar no Panamá uma actividade que ia começar em Buenos Aires, mas que nunca aconteceu. Afinal, como diz a minha amiga F., não há que deixar a vida para depois.

Recém-chegada à cidade, vi num cartaz "yoga y danza" e pensei que não era tarde, nem cedo, era mesmo o momento certo. Matriculei-me e comecei a ir às aulas de Bailoterapia, disciplina que eu desconhecia totalmente que existia mas que, ainda só com três semanas de aulas, já mostra o seu poderoso efeito.

Sempre me considerei bastante descoordenada. Digamos que tenho muito jeito para línguas e, vá, para pintar qualquer coisinha, mas chega à parte do movimento e ou é uma coisa bem bruta, ou então... enfim, delicadeza e graça no movimento não são atributos que possa dizer possuir.

(Pausa: estou aqui a pintar um quadro que também não corresponde totalmente à verdade. Nadei durante muitos anos e parecia um peixinho a deslizar pela água. Tão torpe - ah, nem Thorpe! - não sou. Termina a pausa, a gracinha, e voltamos à nossa programação habitual.)

Corrigindo, portanto: sempre me considerei descoordenada para dançar. Avisei o professor, não fosse ele estar à espera de um prodígio da salsa e do merengue, e ele desvalorizou. O que era necessário era pasarla bien.

Pois que "la" passo muito bem. Já descobri que quanto mais relaxar e menos olhar para os pés do professor, melhor acompanho a aula. E, claro, tenho que ignorar a companheira que dança tão exageradamente, meneia tanto a anca, que parece um caniche sob o efeito de crack.

Quanto à parte "baile" do étimo, não sei. Já a terapia, essa, funciona muito bem: saio de lá com um enorme sorriso e, chegada a noite, durmo como um bebé feliz.

4 comentários:

Mariana Ramos disse...

Que bom!
1ª razão: fui ler o post da Fernanda e gostei muito!
2ª razão: a bailoterapia deixa-te feliz e a dormir como um bebé!
Aí está um desafio bom para mim. Sempre me considerei um pé de chumbo. E se eu deslizasse (não Thorpe, claro) bem!... Desfazia-se um mito na minha vida.
Beijinhos
M

Anónimo disse...

Estive a ler o post da tua amiga e ela tem toda a razão. Duas coisas que em tempos quis fazer - e não fiz por razões diferentes - foi espeleologia e um curso de mergulho. Hoje já não tenho vontade de as fazer e não tenho pena de não ter vontade, mas tenho pena de não as ter feito quando desejava fazê-lo. ANdava há que tempos a pensar fazer a minha lista de 40 coisas que quero fazer, para começar antes de chegar aos 40 anos... vou começar agora mesmo!

Quanto à aulas, que espectáculo! E espero que os olhos do professor valham a pena...
fungaga

Fernanda Dannemann disse...

Ana, parabéns pelo prêmio. Você merece: suas fotos são ótimas e o blog é muito informativo. Gostei da aula sobre o Canal. Não entendi bem o que é a mistura de ioga com dança, mas se te faz dormir como um bebê já vale a pena. Bjs!

Mar disse...

bem, já falámos sobre isto.. não podes ser descoordenada quando tinhas fantástica a nadar, é uma questão de entrar na onda;-))) adorot-te! e tenho um orgulho sem fim