Hoje lancei-me numa nova aventura, a de circular de bicicleta pelas ruas desta cidade. Ensaiei mentalmente o percurso até à minha aula de yoga (é perto), ponderei sobre se devia ir pelos passeios (quando existem) ou pela estrada, junto aos carros. Optei pela segunda alternativa, apesar de tudo, mais... existente.
Preparei-me mentalmente para a enxurrada de piropos e assobios. Segurei a perna da calça de yoga, o tapete às costas e a mala a tiracolo. E lá fui eu, seguindo o trânsito e respeitando semáforos (não é no Panamá que vou tentar a minha sorte passando um sinal vermelho).
Poucos minutos depois cheguei à aula de yoga, sem sustos para contar. Os carros, talvez espantados com a audácia, foram respeitadores, sem sequer apitar! Piropos? Nem ouvi-los. E isto, senhores leitores, é muito surpreendente, dado que de cada vez que ponho o pé na varanda (relembro, 49.º piso) é uma catarata de assobios, "píntames" e afins.
Quando cheguei à aula e estava a acorrentar a bicicleta a uma grade, veio o porteiro do edifício dizer-me que iam lavar aquela secção e que teriam de molhar a bicicleta, não a quereria eu guardar no cubículo perto das escadas? E assim foi. Acho que se não tivesse ido de bicicleta não seria alvo de tanta amabilidade.
Portanto: andar de bicicleta no Panamá - 1; medo de andar de bicicleta porque estes tipos têm uma condução atroz - 0.
Amanhã lá vou eu outra vez.
2025 CALENDARS - good tuesday
Há 2 dias
2 comentários:
Parabéns pela coragem!
Se calhar, é disso que eles precisam para serem mais respeitadores, no trânsito.
Bjs
O que eu me ri com este post!
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