Há uns fins-de-semana atrás, aproveitámos uma manhã de sol para ir até ao templo Bahá´i, cuja cúpula vemos daqui da varanda de casa. A viagem até lá não é evidente, até porque aqui por estas bandas não abundam nem placas toponímicas nem de sinalização. De facto,
E esta? Que rua é? é das expressões mais repetidas por mim quando ando de carro. Mas com umas quantas paragens para pedir indicações, lá encontrámos o acesso que vai da estrada principal até ao topo da colina, que é como quem diz, até um mundo paralelo.
Lá em cima, reinam a calma e o silêncio. Tudo limpo, os canteiros estão cheios de plantas e flores e abundam as árvores e sombra. Um centro de recursos, recepção e biblioteca acolhem os visitantes, crentes ou não, já que todos - como eles repetem - são bem-vindos. Uma ladeira une o centro de acolhimento ao templo, assente no topo da colina, qual nave espacial, com uma cúpula de mosaico branco que reflecte a luz do sol. À entrada, uma senhora deu-nos as boas-vindas, facultou documentação sobre a
fé Bahá´i e respondeu às nossas perguntas.
A sensação da entrada no templo é a da passagem para um universo paralelo onde não existe desarmonia, nem dor. O ambiente é de paz; não está calor nem frio, não há ar condicionado nem ventoinhas, há apenas ventilação cruzada e o canto dos pássaros que ali nidificam. Os bancos são de madeira maciça, lindos, e não existe um altar. Quando entramos numa igreja (ou templo budista, porque não?), está claramente marcada a direcção do olhar para um altar. Neste templo, a planta em forma de estrela de nove pontas e a ausência de altar dão-nos muitas direcções para onde olhar, que resulta numa sensação de unidade e harmonia.
Segundo a documentação que nos facultaram no local, o templo foi desenhado pelo arquitecto Peter Tillotson, cujo projecto venceu 43 outras propostas. A construção teve início em 1969 e durou dois anos e meio e foi custeada na sua totalidade pela comunidade Bahá´i mundial.
Saindo da paz do templo, as vistas para a cidade são magníficas. Vemos montanhas cobertas pela luxuriante vegetação tropical e, ao fundo, a cidade moderna a erguer-se em arranha-céus que desafiam toda a lógica.
É um lugar que vale muito a pena visitar, preferentemente num dia de sol. Para saber como chegar, o melhor é consultar o
google maps.
5 comentários:
É um dos spots da próxima, não é verdade?
Bjs
M
Que engraçado, em Chicago tb havia um templo deles! E não são nada frequentes, se atendermos ao facto de que (quase) só existe um por cada continente.
Tb era branco, pacífico, redondo, no meio do nada e lindo.
Bjs
Kel
Sim, sim, temos de lá ir!
Kel, se não me engano, existe um templo em Lisboa. É ali entre o Hospital de Sta. Maria e o Colombo, se não estou em erro.
Tens fotos do templo em Chicago?
Eu estive no de Delhi e gostei muito.
Nuno, que giro! Tens fotos?
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