Às vezes pergunto-me que terá acontecido àquela outra eu que gostava de ficar na sorna, na cama, ao fim-de-semana. Não sei. Não é que não goste - não há prazer melhor que um livro ao Sábado de manhã, entre os lençóis - mas parece que gosto mais de me levantar e ir aproveitar a madrugada para a varanda.
Às seis e meia da manhã o sol ainda vem baixinho, mas luminoso. Na estação húmida, é provavelmente o único momento do dia em que há, digamos, sol. A esta hora está, realmente, fresquinho, e sinto pele de galinha quando vou à varanda. Há que aproveitar.
Pinto, ou leio, ou tricoto, ou não faço nada disto e aproveito o silêncio da manhã, antes das actividades, ou das obras do prédio ao lado, ou do sindicalista que vem de megafone em punho gritar aos operários que constroem os arranha-céus onde jamais poderão viver.
À hora do almoço já tudo terá mudado: o calor é insuportável, o barulho e a poeira também, as nuvens estão prestes a despejar a sua carga diária e pontual sobre a cidade.
Para ao fim da tarde regressar a magia.
4 comentários:
Belíssimas fotografias! Parabéns!
Bjs.
M
Que bonitas!
Breathless.
Deitar cedo e cedo erguer dá saúde e faz crescer. É assim o ditado completo. Posso imaginar, devido à experiência adquirida, como sabe bem ver as cores, ouvir os sons e sentir os cheiros e as sensações térmicas do amanhecer sobre a Baía da da Cidade do Panamá. Bjs. PT
Obrigada!
Enviar um comentário