Enquanto escrevo isto, decorre em Lisboa, na Fundação Portuguesa das Comunicações, o Encontro de Empresas de Design. Organizado por quatro designers com grande espírito de iniciativa (força, Margarida!), este Encontro pretende fornecer um espaço de discussão (e esperemos que de algum consenso) em termos das questões éticas e deontológicas da profissão. Isto num país onde o design ainda é uma disciplina bastante recente, com uma imagem percepcionada pelo público talvez bastante afastada da "realidade"; ou, melhor dizendo, daquilo que para mim é o design.
Na minha opinião, o design é compreendido pelo público como um atributo "bónus" de certa peça, algo que lhe é exterior e que se limita a algo estético: se tem "design", é mais bonito e, muito provavelmente, mais caro. Compreende-se então um objecto de "design" como tendo um certo carácter de obra de arte. Contudo, o design é uma disciplina que pretende a optimização da relação entre a forma do objecto e a respectiva função. De uma maneira simples, o design é uma disciplina de resolução de problemas. Tal como a arquitectura, diria eu, ou mesmo a medicina.
Claro que esta visão de "resolução de problemas" não combina em nada com a visão do design como luxo... Esta é a grande cisão dentro do design e entre designers. Mas adiante.
Voltando ao Encontro, que é o verdadeiro assunto deste post. Embora esteja longe de Portugal, acalento grandes expectativas em relação a esta ocasião de discussão de problemas que são comuns a todos os que praticam esta actividade em Portugal (e, quem sabe, noutras partes do mundo). Tenho esperança de que sejam consolidadas algumas directivas (ou sugestões de direcção!) que sejam consensuais na comunidade em relação a assuntos como a orçamentação de trabalhos ou a participação em concursos como forma de angariação de trabalho.
Estou curiosa por saber os resultados!
2025 CALENDARS - good tuesday
Há 2 horas
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