quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mais rápido que a sua própria sombra

Essa é que é essa. Nem deu tempo para contar aqui no "Entre..." que por cá já começámos os nossos passatempos de Inverno, porque entre começar e acabar foi menos que um espirro. Enquanto o diabo esfregou o olho, o Paulinho terminou este puzzle. E sim, desta feita foi ele a fazê-lo quase todo, porque eu ando entusiasmada com a manta que estou a tricotar.

No primeiro dia ficou assim:




Ontem à noite estava assim:






Ontem ao fim da noite estava assim:






E esta, hein? Não há quem apanhe o rapaz... agora ganhou-lhe o jeito (e o gosto!) e ninguém o pára. Será que a seguir começa com o tricot?

terça-feira, 26 de maio de 2009

Eleições à porta

"Politics have a good side. Meet it/him."

As eleições estão à porta e um dos meus divertimentos é ver a propaganda eleitoral. Felizmente não tenho de votar, porque se tivesse não sei em quem votaria. A miríade de candidatos é tão grande, mas tão grande, que honestamente não percebo quem é quem nem quem se associa com quem.

(Nota: estou a falar das eleições por estas bandas, não as que vão ser em Portugal. Será que estas palavras se adequam aos dois casos?)

Por cá tem sido um chorrilho de notícias relacionadas com os cadidatos que não são aceites pelo juiz não sei quantos e as potenciais razões para esse chumbo. Depois, é a classificação que fazem dos candidatos: como não há assim muitos partidos com nome (basicamente, o Justicialista, que é o do movimento peronista e também chamado de "oficialista"), temos os candidatos do PJ (o peronista) e os restantes são os "dissidentes do PJ". E aqui começa a confusão, porque há os dissidentes em todas as direcções, ficando o espectro político argentino ainda mais confuso. Isto porque, à partida, o Partido Justicialista também não é nem de direita nem de esquerda, é de tudo e de todos. Há políticas de um lado, políticas do outro, mas fundamentalmente assentam a sua filosofia numa base de culto da personalidade (na sua origem, do clã Perón; hoje, do clã Kirchner).

Estão confusos, caríssimos leitores? Nós também.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Sydney Opera House

Sydney Opera House
A Ópera de Sydney é fabulosa.

Até aqui não disse novidade nenhuma, já sei. Mas é mesmo. Na visita guiada que fizemos ficámos a saber algo da sua história, uma história muito menos glamorosa do que aquilo que hoje vemos e poderíamos imaginar.

O concurso público e internacional para uma sala de espectáculos na pontinha de terra chamada de Benellong foi lançado nos idos de 50, tendo sido ganho por um projecto qualquer bastante quadrado e banal. Conta o mito urbano que um dos membros do júri, o arquitecto Eero Saarinen, chegou atrasado à deliberação e, quando olhou para a pilha dos projectos descartados, tirou de lá um vindo da Dinamarca, de um ilustre desconhecido e disse que aquele, sim, aquele é que era.

Os desenhos eram de umas formas muito bizarras e totalmente diferentes das diferentes propostas feitas por vários arquitectos de vários países e, mesmo sem ter desenhos de pormenor, foi-lhe atribuído o primeiro prémio. Jørn Utzon, o arquitecto vencedor, nem sabia que dor de cabeça lhe estava para chegar... sobretudo porque não fazia ideia de como é que iria resolver o problema construtivo que era armar aquelas velas sem que elas caíssem.

As obras começaram - afinal de contas, ainda havia muito para construir até chegar aos telhados - sem se saber ao certo qual seria a solução técnica para estabilizar a estrutura. Isso implicava fazer uma estimativa de orçamento e de tempo de execução muito por alto, para usar um dos eufemismos a que mais estamos habituados no que toca a previsão de custos de obras públicas.

Olhando para trás, devia estar tudo louco, não é verdade? Não só o arquitecto como também o governo da Nova Gales do Sul arriscaram imenso ao começar as obras sem saber como resolver os detalhes construtivos. Mas, em retrospectiva, se não tivesse sido aquela loucura, hoje não teríamos esta magnífica construção, património da Unesco.

A verdade é que esse "pequeno" detalhe acabou por azedar as relações entre uns e outros e, apesar de Utzon ter conseguido resolver o problema, a dada altura divorciou-se do projecto e conta-se que nunca mais voltou à Austrália (que pena, porque é tão bonito...). Um dia, estava ele a olhar para um dos seus barcos - consta que era marinheiro - observou velas e quilha do barco e fez-se luz no seu espírito. A verdade é que hoje a Ópera de Sydney é o ex-libris de uma cidade, de um estado e até de um país, tudo por causa de uma ideia maluca de um arquitecto dinamarquês de nome impronunciável.

(A história, de forma muito mais completa e rigorosa do que aqui a conto, está aqui.)

A quem for a Sydney, recomendo vivamente uma visita guiada ao interior do edifício. Estivemos na zona de serviços a ver cenários a serem carregados nos enormes elevadores que servem os palcos, entrámos na sala principal e numa sala auxiliar, passeámos pelo foyer e vimos os módulos que constituem a estrutura dos vários telhados.

Sydney Opera HouseO foyer da sala principal.

Sydney Opera HouseA vista do foyer!

Sydney Opera HouseDetalhe da estrutura do telhado.

Sydney Opera HouseA casa de banho.

Sydney Opera House A sala Jørn Utzon, a única que tem desenho integralmente feito pelo arquitecto. A tapeçaria também é da sua autoria.

E, ainda por cima, obtivemos um desconto para ir ver o Jerry Springer, the opera. Claramente: valeu a pena!

Se ficaram com vontade de ver mais fotografias, cliquem aqui.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A descoberta da Antárctida. Ou talvez não.

Já sei que houve uns senhores quaisquer que foram em expedição à Antártida; houve até quem filmasse lá documentários sobre pinguins e coisas assim. Mas a verdadeira descoberta, a verdadeira descoberta para mim, foi ver o seu contorno representado de "frente", tanto quanto uma superfície esférica pode ser representada de frente, quero dizer: sem as distorções habituais dos planisférios.

have you ever seen Antartida represented this way?

Vêem ali o "time to destination: 8:12"? Isto passou após umas seis horas de voo. Não é que não estejamos habituados a voos de longo curso, mas realmente há limites, senhoras e senhores, e quando aterrámos na Argentina pensei: "ainda bem que agora viagem longa só para Agosto".

Sydney e Buenos Aires estão praticamente à mesma latitude e até têm um clima bastante parecido (mais humidade, menos humidade - e aparentemente um Inverno mais rigoroso por estas bandas). Quem vê no mapa, vê uma recta bem horizontal entre os dois pontos e imagina que o voo terá uma rota orientada a oeste (para a Austrália) e a leste (de regresso à Argentina). Enfim, já me tinham falado da rota polar, mas apesar de saber da possibilidade, penso que realmente nunca tinha visualizado bem o que seria tomar tal caminho.

Posto isto, quando saímos de Buenos Aires e o avião rumou a sul, assim como quem vai a Ushuaia comer uma sopa de centolla, pensei cá para com os meus botões: "tu queres ver? Será que...?".

E vai daí, foi. Rumámos a sul, bem a sul, ainda mais a sul, e mais, e mais ainda. À beira da Antárctida estivemos horas a fio, parecia que o aviãozinho no monitor não avançava. Depois, quando já não havia mais sul para onde ir, rumámos a norte. E norte, e norte e norte, passámos pela Nova Zelândia, Tasmânia, até finalmente aterrar em Sydney, confusos, cansados e com os sonos totalmente trocados.

O regresso foi igual. Ajudados pela rotação da Terra - ou pelos ventos, não sei, não sou especialista em aeronáutica - a viagem ficou uma hora e quaisquer trocos mais curtinha, Buenos Aires cada vez mais perto, juntamente com a minha casa e o meu duche, meu, meu!

Sydney > Buenos Aires

E assim se prova que a menor distância entre dois pontos não é uma linha recta!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

E porque o efeito-férias se vai dissipando...

...(e o frio até já chegou!) de vez em quando sinto necessidade de regressar às fotografias australianas e babar um bocadinho enquanto me lembro dos episódios vividos.

Jumping in Sydney

Luna park entrance in St. Kilda, Melbourne

Regostei tanto de Melbourne e de Sydney! "Re" porque já lá tinha estado e já tinha gostado; esta foi "apenas" a confirmação de que a Austrália era tudo aquilo que eu lembrava e ainda mais.

Bom fim-de-semana!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Obrigada!


Já há muuuuuuuuuuito tempo recebi de "Muipiti" e do blog Ideias em Contas este simpático selo. Como tenho tido a cabeça noutros planetas (Planeta Lua-de-mel, Planeta Jetlag, Planeta Volta ao Trabalho) só hoje surgiu a oportunidade de o pôr aqui.

Até porque de caminho aproveito a boleia de outro simpático selo, que recebi nos últimos dias, desta feita do blog Utopie Calabresi.



Desde já agradeço a Muipiti e a Domenico Condito pelas duas distinções e peço-lhes infinitas desculpas por não indicar mais blogs a quem enviar a mesma alegria que eu senti. Por um lado, são tantos os blogs de que gosto, que seria difícil escolher; por outro, se já demorei tanto tempo a acusar a recepção destes, se ainda fosse fazer a lista de blogs escolhidos poderia demorar até ao ano que vem...

Assim sendo, muito obrigada a ambos e espero que tenham vontade de voltar sempre!

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Daquelas coisas que acontecem cá

O que é que se faz num monumento (a um herói da independência, claro está!) numa tarde de sol?

what to do on a monument I

Admira-se a escultura e o graffiti, admira-se o calorzinho que se sente, observa-se pessoas que bebem mate, lêem, jogam ao disco ou passeiam os cães.

what to do on a monument II

E há quem aproveite para tostar um bocadinho, armazenando energia para o Inverno. Uma autêntica formiguinha no trabalho para o bronze.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Dia da Mãe



Ontem foi Dia da Mãe em Portugal. Aqui é só em Outubro, o que significa que, na prática, a minha Mãe tem direito a dois telefonemas especiais de Dia da Mãe. Na verdade, a minha Mãe é tão o máximo que merece estes dois e mais dois, ou talvez mais duzentos e vinte e dois.

Mãe, és mega-fofa e eu gosto de ti. Tenho saudades das favas e das ervilhas e das conversas muito de-ta-lha-das e de todas essas coisas que te fazem a Mãe mais fixe e querida do mundo. Fica combinado para Agosto?

E, para terminar...

9. À quarta é que foi de vez: depois de três tentativas frustradas, o Paulinho lá conseguiu atirar-se em queda livre de um avião que funcionava perfeitamente.

Verdade!







Palavras para quê?

Balonismo ou "Sempre quis fazer e nunca tinha surgido a oportunidade"

8. No fim do nosso passeio de balão de ar quente, depois de uma aterragem falhada, ficámos a pairar poucos metros acima de um cabo de alta tensão.

Também verdade!









Levantámo-nos antes das quatro da manhã, ou seja, muito antes das galinhas, e lá fomos a caminho de Mareeba, uma cidade a uns 80km de Cairns, situada no planalto de Atherton, no interior do estado de Queensland. Mareeba, aparentemente, é a meca do balonismo porque tem 300 dias por ano de condições favoráveis à prática desta actividade: pouca nebulosidade, pouca precipitação, ventos favoráveis e temperatura fresca o suficiente para o balão poder subir. E sim, "pela fresca", em Mareeba, ganha todo um novo significado: quando saímos, apesar de estarmos no trópico, o fresquinho convidava a um casaco. Às dez da manhã, a torreira era tanta que me questionei muitas vezes sobre o que me teria passado pela cabeça para ter levado um agasalho.

Sempre tive vontade de experimentar o voo em balão mas nunca tinha surgido a oportunidade. Ali, em lua-de-mel, era o momento de fazer todas aquelas coisas que se calhar não voltaríamos fazer.

Levantar voo, num balão, é uma sensação... linda, mas não pelo que se sente. Não há sobressaltos, apenas um levitar ligeiro, que depois se vai aumentando à medida que ganhamos altura e nos afastamos do chão. Lá em baixo, víamos cangurus aos saltos, a fazer os seus afazeres de cangurus. Nunca tinha visto um canguru de cima, nem nunca me tinha apercebido realmente do tamanho de um dos seus saltos. Apanhar com um canguru a voar não deve ser coisa agradável, diria eu, porque aqueles bichos vão rápido.

Lá em cima, tirando o ruído do gás em combustão, apenas ouvíamos o vento, já que ninguém tinha vontade de quebrar aquele encanto. Em baixo, quadrados de terras cultivadas, bananeiras, mangueiras, tudo quanto é fruta tropical se dá bem ali.

Aterrar, tal como a própria rota do voo, é matéria de sorte: o balão vai para onde sopra o vento. Para mudar de direcção, tem de subir ou descer para apanhar uma corrente de ar que siga outro caminho. Por isso, a nossa aterragem teve várias tentativas: começou com a aproximação a um dos quadradinhos não cultivados. Paulatinamente fomos perdendo altitude e, por fim, batemos no chão. Só que o vento não cooperou e deu-nos um empurrão, não deixando ao nosso "skipper" (não sei se nos balões têm este nome...) outra alternativa senão a de ganhar novamente altitude. É que entre aquele quadradinho onde havíamos pousado e o seguinte havia uma estrada e uns cabos de alta tensão, obstáculos que não são de desprezar.

E depois... depois esperámos. Esperámos que vento nos acabasse de empurrar até à propriedade do lado, sem ganhar muita altitude. Logo ali abaixo estavam os cabos...

Aterrámos, suavemente como da primeira vez, já com muito calor, muita luz diurna, muita fome também. Afinal de contas, já estávamos acordados há várias horas e ainda em jejum! Mas ainda tivemos de arrumar o balão, tarefa facilitada pelo número de ajudantes. Quem diria, mas um balão pesa!



A verdade do mergulho

7. O Paulo fez o seu primeiro mergulho em mar aberto no Great Barrier Reef e viu um bivalve com mais de um metro de comprimento!

Também verdade. Não faço ideia de como se chama o bivalve mas seguramente apareceu no Finding Nemo e também no Under the sea, filme que vimos em 3D no IMAX de Darling Harbour, em Sydney.



"Fatiotas sexy" de uns e de outros!

Em Cairns comprámos uma excursão ao Great Barrier Reef e, apesar de ser a segunda vez que lá fui, adorei. Adorei, adorei. E também me escaldei, apesar do imenso cuidado a espalhar o creme protector. O sol australiano não brinca em serviço!

Porque quando estamos longe, qualquer referência a Portugal nos aquece o coração!

A excursão foi num barco estilo catamarã, que saiu da marina de Cairns e foi até uma ilha, pertencente ao Parque Natural. Nessa ilha havia uma corda que separava o espaço dos pássaros do espaço dos humanos - e não é que ambos os grupos a respeitavam? Essa ilha, mínima, é produto de sedimentos trazidos pelos pássaros; aos poucos foi-se fixando com um pouco de vegetação e hoje é um ninho gigante para aquela passarada toda, que gralha todo o dia - afinal de contas, está em casa e um pássaro tem de governar a sua vida.

Aí na ilha podíamos nadar e fazer snorkel para ver os corais, os cardumes de peixes e também os bivalves; eu fiquei pela ilha. O Paulo, desejoso de experimentar um mergulho em mar aberto, lá foi vestir uma fatiota sexy e experimentar a botija de oxigénio nas costas. Veio encantado, mas continua a preferir o ski, segundo consta.

Aos poucos vêm as desmentiras à superfície...

6. Surfei as minhas primeiras ondas - e até me pus de pé em cima da prancha! - em Byron Bay.

É a mais pura verdade! Verdade verdadeira! E fiquei viciada. Pensar que vivi tantos anos da minha vida numa "Meca" do surf e nunca me ocorreu experimentar.



É, como diria a minha irmã advogada, o "pleno domínio do facto"!



Gostei tanto, mas tanto desta experiência que já estou a pensar onde poderei fazer as próximas aulas. Se for ao Rio de Janeiro agora no Inverno, já sei que há uma escola em Ipanema, outra na Tijuca... hmmm...

(Que estranho efeito será este que faz com que uma pessoa, mal chegada de viagem, se ponha logo a pensar na próxima?)

Desmentindo...

5. Percorremos a Tasmânia de lés a lés em duas rodas e tivemos encontros do décimo quarto grau com wallabies e com os famosos Tassie devils.

Falso. Percorremos a Tasmânia de lés a lés, sim senhora, e tivemos encontros do décimo quarto grau com wallabies, mas tudo se passou sobre quatro rodas (e não "duas para cada um", como sugeriu uma leitora demasiado informada - leia-se Mãe) e não vimos Tassie Devils a não ser no jardim zoológico.







A Tasmânia é fabulosa, não sei se já contei? É um estado-ilha, pequenino à escala australiana, e por isso pudemos percorrê-lo de lés a lés em poucos dias. As paisagens são fabulosas: desde montanhas e planícies que fazem lembrar o Alentejo, até à costa, com escarpas e também com muitas praias lindas. Os parques naturais têm trilhos bem sinalizados e dão acesso a miradouros de onde se vêem baías escondidas, às quais só se acede por barco ou caminhando. Bicheno, terrinha onde passámos uma das noites, tem um trilho pelas rochas à beira-mar, o Bicheno Foreshore. Com o terrível jetlag, acordei antes do sol e vi como a luz ia inundando a baía e enchendo a paisagem de cores. À medida que fomos fazendo o trilho, fomo-nos desfazendo de casacos e camisolas e apanhando o sol de outono, ainda morno apesar da latitude austral. Este foi um dos passeios mais bonitos de toda a viagem.



Passeio (memorável) na Foreshore de Bicheno: com o déficit de mar que tenho, era um bocadinho mais de calor e metia-me dentro de água!





Freycinet Park


As cidades talvez não sejam as mais vibrantes e excitantes da Austrália, mas a grande surpresa, para mim, foi Launceston. Enquanto que Hobart é a capital do estado e tem rio e mar, a segunda cidade está no interior do estado. Por isso, à partida, talvez pudesse ser menos interessante, pelo menos para mim... mas não. Launceston foi uma descoberta que adorei fazer, com os seus restaurantes animados, a sua arquitectura victoriana bem preservada e o maravilhoso Gorge Cataract Reserve, um parque urbano com piscina pública, rio, bastantes trilhos e muitos pavões que por ali deambulavam. E tudo isto a poucos minutos da cidade!

Launceston, a grande surpresa do interior da Tasmânia

O restaurante "Fresh", onde comemos uma das melhores refeições de toda a viagem!

Aqui fizemos um trilho onde, a páginas tantas, estávamos totalmente rodeados de natureza, sem qualquer contacto com outras pessoas. Quando havia movimento, eram cangurus e wallabies que nos vinham espreitar com curiosidade e depois seguiam animadamente as suas vidas. O passeio leva a uma central hidroeléctrica um par de quilómetros a montante do início do percurso, central essa que foi transformada em centro de interpretação onde explicam como ali se produzia a energia eléctrica. Não havia vigilantes, mas nem mesmo assim o material estava vandalizado ou deteriorado de alguma forma. Havia paredes destinadas a graffitis - que estavam pintadas - o demais estava devidamente cuidado e arranjado. Enfim, toda uma experiência para estes visitantes...





Gorge Cataract Reserve com os seus pavões

Na costa setentrional da ilha encontra-se uma formação geológica chamada "The Nut". Não se sabe bem o que é, portanto a explicação actualmente vigente é que a sua função seria a de válvula de escape da actividade vulcânica da zona. A verdade é que é um planalto, assim do nada, no final de uma península que entra mar adentro. Apesar de ter acesso por umas cadeirinhas do género das que se encontram nas estâncias de ski, nós subimos pelo trilho, a pé. Foi provavelmente uma das subidas mais íngremes de toda a minha vida, em que apoiar as mãos no chão não me obrigada a inclinar-me muito. Incrível, não é? Lá em cima, um paraíso para as muitas aves mgiratórias que vêm passar o verão austral ali, aproveitam para se reproduzir e depois partem em direcção ao norte. Quando visitámos, eram visíveis as muitas tocas que haviam feito e já abandonado na sua demanda por terras mais amenas.

The Nut

E depois da calma da ilha, fomos para Melbourne.