O taxista que nos levou de casa até ao aeroporto de Ezeiza alvitrou, a meio caminho entre a cidade e o aeroporto, aquilo que tantos outros alvitram, com a pontaria que é comum a quase todos os outros.
Brasileiros ou italianos?
(suspiro imperceptível)
Ni uno, ni otro: portugueses!
E aí já estávamos preparados para o que é costume: o ser vizinho (por ter ascendência espanhola), o ter estado quase lá (porque viajaram a Espanha) ou então a vertente futebolística da coisa, com Cristianos Ronaldos, Dimarias e Aimares.
Mas não:
O meu apelido é português, é Coelho! O meu avô era português!
E daí em diante foi um desfiar de pérolas portuguesas, desde o nosso "pollo a la portuguesa" (que até hoje não sei como é confeccionado) até à canção popular que tinha manjericos a rimar com "aqui eu não fico" e, a dada altura, um "dá-me a tua mão". Eis senão quando o nosso taxista, uruguaio de Montevideo, neto de português, diz numa dicção perfeita o fonema impronunciável por quase todos os não-lusófonos: a "mão", a este taxista, saiu perfeita.
GREETINGS CARDS - rock scissors paper
Há 2 dias
3 comentários:
Olha lá, achas que o ´pollo a portuguesa´ poderá não ser mais que o belo do frango assado?
o "pollo a la portuguesa" é o frango de churrasco!
Já pensei nisso e prometo investigar assim que regressar ao sul. Publicarei os resultados da investigação aqui mesmo.
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