terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Afinal é possível

O taxista que nos levou de casa até ao aeroporto de Ezeiza alvitrou, a meio caminho entre a cidade e o aeroporto, aquilo que tantos outros alvitram, com a pontaria que é comum a quase todos os outros.

Brasileiros ou italianos?

(suspiro imperceptível)

Ni uno, ni otro: portugueses!

E aí já estávamos preparados para o que é costume: o ser vizinho (por ter ascendência espanhola), o ter estado quase lá (porque viajaram a Espanha) ou então a vertente futebolística da coisa, com Cristianos Ronaldos, Dimarias e Aimares.

Mas não:

O meu apelido é português, é Coelho! O meu avô era português!

E daí em diante foi um desfiar de pérolas portuguesas, desde o nosso "pollo a la portuguesa" (que até hoje não sei como é confeccionado) até à canção popular que tinha manjericos a rimar com "aqui eu não fico" e, a dada altura, um "dá-me a tua mão". Eis senão quando o nosso taxista, uruguaio de Montevideo, neto de português, diz numa dicção perfeita o fonema impronunciável por quase todos os não-lusófonos: a "mão", a este taxista, saiu perfeita.

3 comentários:

prainha disse...

Olha lá, achas que o ´pollo a portuguesa´ poderá não ser mais que o belo do frango assado?

r i t a disse...

o "pollo a la portuguesa" é o frango de churrasco!

Billy disse...

Já pensei nisso e prometo investigar assim que regressar ao sul. Publicarei os resultados da investigação aqui mesmo.