Essa mancha desfocada que se vê no ecrã gigante é o próprio Dave Matthews, a cantar (e encantar) de corpo e alma.
Na sexta-feira senti-me a voltar aos meus anos de Universidade e fui a um festival de música, daqueles com revista das mochilas à entrada e casas de banho de plástico. Lama, esse componente tão importante dos festivais de música, é que faltava: a organização instalou uns módulos plásticos no chão que estavam húmidos, sim, mas não deixavam que puséssemos o pé no lodaçal que estava por baixo.
Ou não havia muita gente (opinião do Paulo) ou então a organização foi mesmo muito boa porque não demorámos tempo nenhum a entrar, a encontrar o palco e a colocarmo-nos a jeito para o concerto da Dave Matthews Band (doravante designada por DMB).
Quando comecei a ouvir e a gostar de DMB acho que ninguém à minha volta a conhecia, portanto tinha zero hipóteses de trocar galhardetes com quem fosse mais entendido do que eu. E também não havia a internet acessível como há hoje. Nesses idos de fins de noventa, conheci apenas uma amiga da minha irmã que tinha, gostava e trocava CD´s comigo para ouvirmos outros álbuns. E pronto, assim se foi cimentando o meu gosto pela música deles.
Vai daí, em 2007 decidem ir a Portugal, precisamente um mês depois de eu me mudar para a Argentina. Danados. E eu triste, só e abandonada, como os gelados, a pensar que a vida de uma fã é irónica e tal.
Eis senão quando vejo um cartaz do festival Pepsi Music cá em Buenos Aires com... DMB! Arrastei o Paulo e lá fomos.
Houve alguns percalços mas, resumindo, o concerto foi muito bom. Não conheço as últimas músicas deles (não compro música pela internet - pelo menos ainda - e cá não encontrei o CD novo) mas vibrei à mesma com elas. A presença deles em palco é, no mínimo, electrizante, energizante, vitalizante. O baterista teve do princípio ao fim do concerto um enorme sorriso na cara, coisa que pudemos apreciar nos ecrãs gigantes (onde o sorriso ganhava novas proporções gigantescas). Apesar de o saxofonista da banda ter morrido há pouco mais de um mês, têm com eles outra pessoa cuja exibição nada deixou a desejar e que encantou o público. O próprio Dave Matthews, vocalista e guitarrista, deu corpo e alma na actuação. Enfim, foi um espectáculo de som e cor que me deixou com um sorriso na cara, a mim e a toda a gente que ali estava. Realmente impressionante.
O aspecto negativo da coisa... bem, é um aspecto afectivo. Gostaria de ter assistido a este concerto em Portugal para o ouvir a dizer "boa noite" e "obrigado" em português. E também posso dizer que o público argentino é bom, mas acho que não se comparam com a energia que sai do público luso. (Esta é uma afirmação completamente idónea e sem a mais pálida sombra de preconceito por eu ser... enfim, por eu ser portuguesa.)
Viva DMB! Que concerto espectacular! (eu achei, o Paulo menos, mas também estava com déficit de sono e era sexta-feira, um dia chato para animação ao serão)
Come and relaaaax my heaaaaaart
put your troooooubleeees down...
You don´t need to bear the weight of your worries
Let them all fall away...
GREETINGS CARDS - rock scissors paper
Há 2 dias
1 comentário:
Aaah Dave Mathews... Aaaah.
Se eu soubesse que tb gostavas sempre te tinha cravado uns cd's. Lembro-me que quando vim para Portugal gostava muito de ouvir.Hmmpf.
Confesso que nunca mais segui-os, mas gosto de ouvir uma e outra música que passa na TV ou na rádio.
Namaste!
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